
Cabo Verde/Governo solicita esclarecimentos sobre eventuais restrições à entrada nos Estados Unidos

(ANG) – O governo de Cabo Verde “vai encetar diligências” junto das entidades norte-americanas para obter esclarecimentos detalhados sobre as preocupações que levaram à inclusão de Cabo Verde na lista de países que poderão ter restrições de viagem para os Estados Unidos.
Em causa está a recente publicação do jornal New York Times que refere a existência de uma proposta de países categorizados por níveis de gravidade (vermelho, laranja e amarelo), cujas viagens para os Estados Unidos poderão ser proibidas ou restringidas.
Cabo Verde encontra-se incluído nessa lista no nível amarelo, o que significa que existem preocupações que poderão ser sanadas em diálogo com as autoridades norte-americanas num prazo de 60 dias.
Esta manhã, em declarações à rádio pública cabo-verdiana, o embaixador de Cabo Verde nos Estados Unidos, José Luís Livramento, anunciou que os diplomatas da representação do arquipélago em Washington reúnem-se, esta segunda-feira, com o Departamento de Estado norte-americano para saber se de facto Cabo Verde está na lista amarela e quais são os motivos.
Este encontro deve decorrer “para sabermos qual é o motivo pelo qual constamos na lista e pela certa que não será grandes motivos, porque eu não estou a ver grandes motivos para tal, e pela certa que iremos corrigir em diálogo com as entidades americanas a possível situação”, declarou o diplomata.
Na mesma entrevista, o embaixador de Cabo Verde José Luís Livramento garantiu que os cidadãos cabo-verdianos nos Estados Unidos da América são cumpridores com a lei.
De acordo com o jornal New York Times, para além de Cabo Verde, Angola, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial são alguns dos 43 países cujos cidadãos podem vir a enfrentar restrições à entrada nos Estados Unidos.
Durante a campanha para a sua reeleição, Donald Trump deu conta da sua intenção de restaurar a lei proibindo os cidadãos de uma série de países de viajar para os Estados Unidos. Durante o seu primeiro mandato, entre 2017 e 2021, o magnata implementou uma primeira vez este tipo de dispositivo, alegando pretender “proteger os Estados Unidos dos terroristas estrangeiros e outras ameaças à segurança nacional e pública”.ANG/Lusa