Dia dos Combatentes/Presidente da República promove 69 combatentes da Liberdade da Pátria
(ANG) -O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló promoveu esta terça-feira, 69 veteranos de luta de libertação nacional que estão na idade de reforma, no âmbito da celebração do Dia dos Combatentes da Liberdade da Pátria que se assinala no dia 23 de Janeiro.
Entre os 69 ex, combatentes promovidos, consta 12 Coronéis para a patente de Brigadeiro General, 15 Tenentes-coronéis para Coronéis, 26 Majores para Tenente Coronéis, 16 Capitães para Major e dois oficiais superiores.
Após a cerimónia de promoção realizada nas instalações do Estado Maior General das Forças Armadas em Bissau, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, disse que os guineenses continuam a pagar as consequências do conflito político militar de 1998 que teve como resultado a destruição do pais, que não beneficiou ninguém e que vários familiares perderam os seus entes queridos.
“A promoção dos combatentes da liberdade da pátria que estão na idade de reforma é um sinal forte para a comunidade internacional, em como quando o processo da reforma iniciar no setor da classe castrense, a mais prestigiado da nação, isso significa que todos os setores do país, sobretudo a função pública, vão entrar no mesmo barco da reforma”, salientou.
Umaro Sissoco Embaló assegurou que um bom militar não faz golpe de Estado, por isso as pessoas devem renunciar aquela prática que não é boa para o país e muito menos para o povo guineense.
“O único golpe de Estado reconhecido é 14 de Novembro de 1980, porque irmãos da mesma pátria matavam uns aos outros e que se Amílcar Cabral estivesse de vida não haveria genocídio entre 1974 a 1980, porque não é a sua forma de ser e não compactua com a cultura de violência”, disse.
O Presidente da República sublinhou que, as Forças armadas guineenses devem ser republicanas e quem quer ser político deve entregar a farda e inscrever-se numa formação política sem problemas.
“Agora, entrar em conexão com políticos para fazer golpe, isso não é bom caminho, porque haverá consequências adequadas para os envolvidos, porque um bom militar não é violento, mas sim é obediente”, frisou.
Úmaro Sissoco Embalo sublinhou que, várias vezes os militares envolvidos na tentativa de golpe de Estado são as pessoas que não conseguem dirigir nenhum pelotão para terem uma noção das consequências de um golpe que acaba por destruir por completo uma nação.
Por seu lado, o ministro da Defesa Nacional, Nicolau dos Santos, disse que a história lhes convocou para celebrar a data de 23 de Janeiro de 1963, o início do que deveria ser a gloriosa epopeia libertadora e que culminou com a proclamação da independência da Guiné-Bissau a 24 de Setembro de 1973.
O governante informou que o executivo decidiu, em sinal de reconhecimento, promover os 69 combatentes da liberdade da pátria dos três ramos das Forças Armadas guineenses, dando assim início a um processo de reconhecimento e de gratidão a todos os militares que consentiram enormes sacrifícios em benefício da pátria que lhes viu nascer.ANG/ÂC