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Função Pública/Festejos de 1º de Maio têm efeitos negativos  na produção das instituições públicas

Função Pública/Festejos de 1º de Maio têm efeitos negativos  na produção das instituições públicas

(ANG) – Os festejos do Dia Internacional dos Trabalhadores que se assinala ao 1 º de Maio, têm  efeitos negativos na  produção nas diferentes instituições públicas do país, sobretudo quando ococrrem  nos dias úteis da semana.

Este ano tal como em  anos anteriores a função pública voltou a ser praticamente deserta no dia 02 de Maio, conforme pude constatar um repórter da Agência de Notícias da Guiné-NG.

Neste órgão de comunicação social público, por exemplo, apenas compareceram no serviço quatro funcionários inclusive o Diretor-geral, os restantes nove não deram sinal de vida.

Uma visita em diferentes instituições púbicas, nomeadamente aos Ministérios das Finanças ,da Função Pública ,da Saúde e de Educação Nacional , esta quinta-feira, permitiu a constatação de uma fraca  presença dos funcionários nos diferentes serviços.

O mesmo  se verificou nos principais licéus da Capital nomeadamente Rui Barcelos da Cunha, Agostinho Neto, Kwame Nkurmah, e na escola Salvador Allende.

Queluntam Sanha estudante do 9º ano no licéu Agostinho Neto, um dos poucos alunos que foram a escola, diz que esta situação não é de hoje, tendo questionado a autoridade do Estado  e dos país e encaregados de educação.

Sanhá diz que os  alunos não são funcionários, mas são eles que mais festejam o primeiro de Maio,  e não comparem as aulas no dia seguinte.

“Quando falo dos alunos, posso dizer o mesmo de muitos professores. Como podes ver, as aulas serão retomadas só na segunda-feira, e num país que precisa de tudo como o nosso não se deve aceitar comportamentos destes. É preciso muita sensibilização  das  autoridades nas escolas, que sejam marcadas  avaliações para dias depois desta paragem”,explicou.

Uma senhora que diz que é uma das secretárias  do Ministério da Administração Pública, Formação Profissional e Segurança Social, que não quis que o seu nome seja revelado, diz que na sua instituição há pessoas que vão voltar ao serviço só na próxima semana, deixando sobrecarregados outros funcionários.

Esta fonte que preferiu o anónimato disse que o Estado perde muito e que  para desencorajar a prática  o Governo deve ser mais rigoroso e marcar e descontar as faltas dadas no dia ou nos dias a seguir a 01 de Maio.

 “Este tipo de comportamento não é de agora e prejudica, de que maneira, o avanço do país”, diz a senhora.

A ANG tentou sem sucesso falar sobre o assunto com os Serviços de Inspeção do Ministério da Administração Pública, Formação Profissional e Segurança Social.

Uma fonte de uma das direções deste Ministério reconheceu que essa “prática recorrente” é de conhecimento desse Ministério que gere os servidores públicos.

“Sempre que há uma paragem sobretudo na quarta-feira muitos  funcionários boicotam simplesmente o serviço por toda a semana.Isso não acontece noutros países da sub-região”, disse.

O 1º de Maio tem sido celebrado com festas em grupo, de funcionários públicos, trabalhadores independentes, mas quem mais celebra são os jovens rapazes e raparigas que organizam piqueniques por tudo quanto é zona de praia ou braço de rios, de Bissau e várias localidades do interior do país.

ANG/MSC//SG

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