Comunicação Social/ ONU apoia reforço de capacidades dos jornalistas guineenses em matéria de direitos humanos
(ANG) – A Escola Superior de Comunicação e Jornalismo da Guiné-Bissau em parceria com o Gabinete dos Direitos Humanos das Nações Unidas promovem durante três dias, em Bissau, um workshop de reforço de capacidade dos jornalistas em matéria dos direitos humanos.
Durante três dias, de acordo com o programa de formação entregue aos jornalistas, os participantes vão debater sobre questões relacionadas com a Constituição e os Tratados Internacional Ratificados pelo Estado guineense, a Interação da Guiné-Bissau com os órgãos de Tratados e Procedimentos Especiais e bem como a Arquitetura Nacional de Direitos Humanos, entre outras questões.
O referido workshop é financiado pelo Projecto “Ianda Guiné Djunto”, num montante não revelado.
Na cerimónia de abertura do evento, o Bastonário da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau(OJ-GB), António Nhaga agradecu as Nações Unidas pelo apoio concedido para a organização desse evento que considera de “tão importante para o jornalismo guineense”.
António Nhaga instou os presentes a se empenhassem muito para adquirir mais conhecimentos para estarem a altura de questionar ou interpelar um responsável sobre a questão dos direitos humanos.
“Devemos aproveitar no máximo um assunto de interesse que pode fazer os cidadãos nacionais ter conhecimentos sobre os direitos humanos para o exercício da sua vida quotidiana”, afirmou o Bastonário.
António Nhaga pediu que sejam aproveitadas as informações que vão ser transmitidas pela Coordenadora do Gabinete do Alto Comissariado para Direitos Humanos das Nações Unidas, Helizabete da Costa relativamente a revisão periódica dos relatórios das Nações Unidas sobre os direitos humanos, em mais de 193 países.
Em representação do “projecto Ianda Guiné djunto” entidade financiadora, a sua Coordenadora Racinela da Silva disse que encaram sempre os órgãos da comunicação social como elemento primordial para consolidação do Estado de direito e na defesa dos principios que norteiam a democracia.
Disse que a revisão periodica Universal, significa que de cinco em cinco anos, o Conselho dos Direitos Humanos da Nações Unidas reúne em Genebra para analisar a situação dos direitos humanos dos Estados Membros.
Elisabete da Costa informou que a situação dos direitos humanos da Guiné-Bissau foi discutida em 2010, 2015, 2020 e vai ser novamente debatida em 2025.
“Na reunião vão ser apresentados três relatórios sobre a situação dos direitos humanos na Guiné-Bissau”, frisou.
Adiantou que o primeiro relatório é sobre a opinião da Sociedade Civil em relação a situação dos direitos humanos na Guiné-Bissau, seguido pelo relatório do Estado guineense sobre os sucessos e desafios .
Aquele responsável disse que no final da reunião o país pode ser recomendado a adotar algumas normas de preteção.
“No caso da Guiné-Bissau deve-se assegurar que todas os ataques contra jornalistas não fiquem impunes”, disse.
Por isso, Elisabete da Costa sublinhou que é importante debater e colocar os problemas com que os profissionais se deparam no dia-à-dia do exercício da profissão, porque, caso contrário, os Estados membros não vão saber dos problemas que existem na Guiné-Bissau. ANG/LPG/ÂC//SG