Angola/Garimpo ilegal de diamantes origina danos ambientais no país
(ANG) – Angola acusa vários cidadãos estrangeiros, com destaque para os da África ocidental, de estarem a desviar rios para a exploração ilegal de diamantes no leste do país. Luanda diz que a situação é preocupante, devido aos danos ambientais provocados pelo fenómeno. O relato é de Francisco Paulo, o nosso correspondente.
Angola acusa vários cidadãos estrangeiros, com destaque para os da África ocidental, de estarem a desviar rios para a exploração ilegal de diamantes no leste do país. Luanda diz que a situação é preocupante devido aos danos ambientais provocados pelo fenómeno.
O ministro de Estado e chefe da Casa Militar da Presidência da República, Francisco Pereira Furtado, está preocupado com o surgimento, em grande escala, de crianças envolvidas no garimpo ilegal de diamantes, nas províncias do Moxico e das Lundas Norte e Sul.
Para o governante, a prática acaba por criar um ambiente contraditório entre o governo e as organizações não-governamentais sobre a situação dos direitos humanos em Angola.
“Nós estamos a verificar uma prática, nos últimos tempos, de surgimento de grupos consideráveis de crianças próximos das áreas diamantíferas também envolvidas em garimpo, o que de certa forma acaba por criar um ambiente de contraditório relativamente à informação que muitas organizações não-governamentais expressam sobre a violação dos direitos humanos”, lamentou o oficial superior das Forças Armadas Angolanas.
Francisco Pereira Furtado denuncia a existência de cidadãos estrangeiros que exercem e estimulam a exploração ilegal de diamantes, desviando rios para a realização do fenómeno nas zonas diamantíferas. O ministro acredita que os garimpeiros, na sua maioria da África ocidental, são apadrinhados por supostos cidadãos angolanos.
“Temos aqui situações graves de desvios até de rios, temos aqui situações de danos ambientais significativos e temos uma envolvência grande de cidadãos estrangeiros em conexão com alguns cidadãos angolanos a realizarem esta prática de garimpo de diamantes e outras pedras preciosas”, desabafou o ministro da Casa Militar do Presidente angolano.
O ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança da Presidência da República, Francisco Pereira Furtado, apelou a uma maior interacção entre os órgãos de defesa e segurança das três províncias para o combate cerrado da imigração, do garimpo e do tráfico ilegal de diamantes.ANG/RFI