Cabo Verde/ Instaurado inquérito após morte de grávida e de bebé
(ANG) – A ministra da Saúde de Cabo Verde avançou que o Hospital Universitário Agostinho Neto, na cidade da Praia, instaurou um inquérito independente para apurar o desaparecimento do corpo de um bebé e da morte de uma grávida.
A governante garantiu que responsabilidades serão assumidas.
Após manifestar solidariedade aos familiares e lamentar as mortes de um bebé de dois meses e de uma jovem grávida de 38 semanas, no Hospital Universitário Agostinho Neto na capital do país, a ministra da Saúde, Filomena Gonçalves afirmou que decorre um inquérito para averiguar as denúncias e garantiu que se forem constatadas negligências, responsabilidades serão assacadas.
“A partir do momento que tomamos conhecimento, a direção do hospital, mandou instaurar imediatamente o inquérito. Assim que tivermos o resultado do inquérito, estaremos a fazer a comunicação com toda transparência, com toda responsabilidade e todas as responsabilidades que dali advierem, estaremos a tomar com muita serenidade, para isso também nos ajudar a trabalhar para que tenhamos cada vez mais e melhor segurança sanitária e não só, para que tenhamos cada vez mais e melhor confiança nas nossas instituições” disse a ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, ao ser abordado pelos jornalistas para comentar as denúncias de alegadas negligências médicas ocorridas nos últimos tempos Hospital Universitário Agostinho Neto.
Através das redes sociais, os familiares de uma jovem denunciaram o caso de alegada negligência médica que culminou com a morte da grávida de 38 semanas, ocorrido durante o parto no dia 26 de setembro passado.
Na segunda-feira à noite, a televisão pública cabo-verdiana noticiou o caso do desaparecimento do corpo de um bebé de dois meses que faleceu no Hospital Universitário Agostinho Neto.
De acordo com o pai do bebé, em Julho, a esposa deu à luz um par de gémeos. Um dos um bebés morreu após o parto e o outro ficou internado durante dois meses. Na semana passada, a 24 de Setembro, foram informados de que o outro bebé faleceu e no dia seguinte quando foram com a certidão de óbito levantar o corpo no hospital central da cidade da Praia, ninguém sabia do paradeiro do corpo do bebé e até agora a família não teve nenhuma resposta da administração do hospital.
Esta manhã, em declarações à rádio pública, o Bastonário da Ordem dos Médicos Cabo-Verdianos (OMC), Danielson Veiga considerou o caso inédito e disse que aguarda esclarecimentos do Hospital Universitário Agostinho Neto.ANG/RFI