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Advogado da ex-ministra da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Fatumata Djau Baldé garante que o processo vai ser arquivado

Advogado da ex-ministra da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Fatumata Djau Baldé garante que o processo vai ser arquivado

(ANG)  –  O advogado da ex-ministra da Agricultura e Desenvolvimento Rural, acusada de desvio de fundos disse que a sua constituinte foi vítima de calúnias e que o processo que pesa sobre ela  vai ser arquivado.

Suleimane Cassamá falava à imprensa, terça-feira, à saída de mais uma audiência no Ministério Público, da sua constituinte, disse que Djau Baldé foi vítima de calúnias e que o processo vai ser arquivado.

Criticou a atitude do Ministério Público(MP) por ter emitido  um mandato de detenção contra Fatumata Djau Baldé(FDB),  antes de ser ouvida e sem  uma comunicação prévia ao Governo,  por se tratar de  uma ministra.

Suleimane Cassamá sustentou que, em obediência aos  trâmites normais devia se  informar ao Governo, na pessoa do primeiro-ministro, que corre no Ministério Público um processo contra a ministra da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

Um outro erro que Cassamá diz ter sido cometido pelo MP, tem a ver com a publicação desse mandato de detenção.

O advogado disse que na audiência apurou se que tudo não passavam de “falsidades de declarações de outros contra sua cliente”.

“Todos os factos tidos em conta pelo Ministério Publico foram debatidos e as responsabilidades não recaíram sobre a ministra. Por isso, será inocentada, aliás o processo vai ser arquivado, e em consequência, a ministra vai avançar com uma queixa contra aqueles que a caluniaram”, afirmou.

Suleimane diz ser um processo político visto que as denúncias foram feitas numa conferência de imprensa da Juventude do Partido dos Trabalhadores(PTG)no qual  FDB é dirigente.

Fatumata Djau Baldé é acusada de alegado desvio de fundos provenientes de venda de fertilizantes que as autoridades do Senegal terão doado à Guiné-Bissau para apoiar os camponeses.

A antiga ministra  tem estado no centro de uma polémica com o presidente do Partido dos Trabalhadores da Guiné (PTG), Botche Candé, que é igualmente ministro do Interior e da Ordem Pública, que a acusa de alegado desvio de “muito dinheiro” no Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

Djau Baldé é uma conhecida ativista pelos direitos das mulheres na Guiné-Bissau, nomeadamente na luta contra o casamento precoce e excisão, mas que, entretanto, entrou para a política.

Na semana passada, Botche Candé a exonerou  do cargo de quarta vice-presidente do PTG e na terça-feira foi demitida pelo chefe de Estado do cargo de ministra.

Em fins de  Fevereiro, e numa altura em que Fatumata Djau Baldé se encontrava em missão de serviço, no estrangeiro, o Ministério Público  emitiu um mandado para sua  detenção preventiva . ANG/LPG//SG

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