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Angola/ Amnistia Internacional denuncia arbitrariedade de prisões de 4 activistas

Angola/ Amnistia Internacional denuncia arbitrariedade de prisões de 4 activistas

(ANG) –  A Amnistia Internacional apela a que as autoridades libertem quatro pessoas detidas desde 16 de Setembro de 2023 em Luanda, à margem dos protestos de então dos mototaxistas.

A ong denuncia a degradação do estado de saúde de alguns dentre eles e denuncia a injustiça de os manter em cativeiro.

Miguel Marujo é o director de comunicação da Amnistia Internacional (AI) em Portugal. Ele resumiu à RFI o sentido deste comunicado da Amnistia Internacional emitido por Vongai Chikwanda, directora regional adjunta para a África oriental e austral da ong sobre as condições com que se debatem estes 4 activistas presos há um ano.

As autoridades angolanas estão a privar de liberdade, há um ano, quatro activistas detidos que têm visto a sua saúde deteriorar-se drasticamente. As autoridades angolanas devem libertar imediatamente estes quatro activistas que foram injustamente detidos e devem também proporcionar acesso a cuidados médicos que lhes têm sido muitas vezes negado ou atrasado.

Três deles, nomeadamente, têm tido problemas de saúde, para as quais não têm tido a resposta mais eficaz da parte das autoridades angolanas. A Amnistia Internacional tem documentado várias fases de declínio significativo no seu estado de saúde, num quadro aparentemente padronizado de uma privação deliberada de assistência médica pelas autoridades em diversas prisões.

Há um outro caso conhecido que a Amnistia Internacional também tem acompanhado, que é de Neth Nahara, uma conhecida Tik Toker angolana, que também viu negado durante algum tempo o acesso a cuidados médicos, ela que é seropositiva. E um ano na prisão apenas por protestar pacificamente, é inconcebível ! Os seus nomes, pelos quais são conhecidos popularmente Adolfo Campos, Gildo das Ruas, Tanaice Neutro e Pensador, são nomes pelos quais eles são conhecidos e os quatro foram detidos a 16 de setembro de 2023, em Luanda, antes de participarem numa manifestação de solidariedade com os mototaxistas que estavam então em protesto.

De salientar que a 19 de setembro de 2023 os quatro activistas foram condenados em Luanda, de forma sumária, a 2 anos e 5 meses de prisão e ao pagamento de uma multa de 80 mil kwanzas, cada um (o equivalente a 77,5 euros).

Um tribunal de Luanda condenou-os, pois, por “desobediência e resistência às ordens”. Segunda a Amnistia Internacional “relatos e vídeos de testemunhas que circularam mostram que, no momento da prisão, os ativistas estavam deitados no chão, sem resistir“. ANG/RFI

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