Bélgica/UE reforça apelos internacionais e pede conclusão de negociações sobre cessar-fogo na Faixa de Gaza
(ANG) – A União Europeia juntou-se hoje ao apelo dos Estados Unidos, do Egito e do Qatar para a conclusão de um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, cenário de uma guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas.
“A União Europeia (UE) está com o Egito, Qatar e Estados Unidos da América no apelo para a conclusão, sem demoras, do acordo para um cessar-fogo e libertação de reféns”, escreveu o Alto-Representante cessante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, na rede social X (antigo Twitter).
Os 27 países do bloco comunitário “reiteram o apoio total para a mediação que acabe com este ciclo de sofrimento insuportável”, acrescentou Josep Borrell.
“O acordo vai abrir caminho para uma diminuição das tensões na região”, completou.
As declarações de Borrell surgem depois dos Estados Unidos, Egito e Qatar terem exigido na quinta-feira que Israel e o Hamas fechem definitivamente um acordo de cessar-fogo em Gaza, numa reunião marcada para 15 de agosto, com o objetivo de o implementar sem mais demoras.
“Pedimos a ambos os lados que retomem as discussões urgentes na quinta-feira, 15 de agosto, em Doha ou no Cairo, para colmatar todas as lacunas restantes e iniciar a implementação do acordo sem mais demoras”, realçaram os três mediadores, numa declaração conjunta.
A nota, assinada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, pelo homólogo egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, e o emir do Qatar, Tamim bin Hamad Al Thani, sublinhou ainda que “é tempo de proporcionar alívio imediato tanto ao povo sofredor de Gaza como aos reféns sofredores e às suas famílias”.
Em reação ao comunicado, o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, adiantou que uma delegação israelita vai viajar na próxima quinta-feira para se reunir com os mediadores, com o objetivo de chegar a acordo sobre os detalhes finais do acordo de cessar-fogo.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou quase 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
ANG/Lusa