Centenário de Amílcar Cabral/Combatente da Liberdade da Pátria Ana Maria Gomes Soares diz que Cabral era homem “amável e frontal”
(ANG) – A combatente da Liberdade da Pátria, Ana Maria Gomes Soares qualifica Amílcar Cabral de um líder “amável, frontal e especial”, que sempre preocupava com a situação dos todos.
Ana Maria Gomes Soares que falava em entrevista exclusiva à ANG no âmbito da celebração do Centenário de Amílcar Cabral salientou que, com a sábia liderança de Cabral, os combatentes da Liberdade da Pátria tinham uma convivência sã e sem distinção de etnia, raça e religião porque partilhavam tudo.
“Hoje em dia, volvidos mais de 50 anos da independência, fico triste porque essa camaradagem não existe e a história do país está a desaparecer”, disse.
Ana Maria Gomes Soares é esposa do Combatente Lúcio Soares, um dos dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), que participou na assinatura do Acordo de Argel e que culminou no reconhecimento de Portugal da independência da Guiné e Cabo Verde à 10 de Setembro de 1974.
Perguntada sobre onde e quando aderiu a luta armada e como conheceu Amílcar Cabral, Ana Maria disse que conheceu o fundador das nacionalidades guineenses e cabo-verdiana em 1964, em Conacri.
“Os meus pais eram camponeses e vivem na povoação de Calac, setor de Bedanda, região de Tombali, sul do país e a luta armada nos apanhou nessa localidade”, disse.
Acrescentou que no período de mobilização, os guerrilheiros do PAIGC entraram em contato com os seus pais e toda a população da aldeia, com intuito de lhes mobilizar para participarem na luta armada para libertar o povo guineense da dominação colonial portuguesa.
Ana Maria Gomes Soares que falava em entrevista exclusiva à ANG no âmbito da celebração do Centenário de Amílcar Cabral salientou que, com a sábia liderança de Cabral, os combatentes da Liberdade da Pátria tinham uma convivência sã e sem distinção de etnia, raça e religião porque partilhavam tudo.
“Hoje em dia, volvidos mais de 50 anos da independência, fico triste porque essa camaradagem não existe e a história do país está a desaparecer”, disse.
Ana Maria Gomes Soares é esposa do Combatente Lúcio Soares, um dos dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), que participou na assinatura do Acordo de Argel e que culminou no reconhecimento de Portugal da independência da Guiné e Cabo Verde à 10 de Setembro de 1974.
Perguntada sobre onde e quando aderiu a luta armada e como conheceu Amílcar Cabral, Ana Maria disse que conheceu o fundador das nacionalidades guineenses e cabo-verdiana em 1964, em Conacri.
“Os meus pais eram camponeses e vivem na povoação de Calac, setor de Bedanda, região de Tombali, sul do país e a luta armada nos apanhou nessa localidade”, disse.
Acrescentou que no período de mobilização, os guerrilheiros do PAIGC entraram em contato com os seus pais e toda a população da aldeia, com intuito de lhes mobilizar para participarem na luta armada para libertar o povo guineense da dominação colonial portuguesa.
“Numa manhã, chegou o Amílcar Cabral na sua viatura de marca Volkswagen e se deparou connosco na formatura e foi-nos apresentado e desde então passou a visitar-nos todos os dias de manhã”, explicou.
Aquela combatente da Liberdade da Pátria disse que posteriormente foram selecionadas para ir ao Gana fazer o estágio do domínio de socorrista de combate e preparação militar.
“A nossa missão no Gana não viria a concluir porque este país se deparava com enormes dificuldades financeiras para nos suportar e por esse motivo regressamos a Conacri”, afirmou.
Ana Maria Gomes Soares disse que quando regressaram a Conacri na primeira reunião que mantiveram com Cabral, este dizia-lhes que “se alguém for ao poço apanhar água e encontrar o poço seca deve voltar”.
Disse que, seguidamente foram enviadas para a antiga União Soviética concretamente em Kiev, na Ucrânia, e depois do regresso foram colocadas nas zonas libertadas do norte como enfermeiras.
Amílcar Cabral completou o centenário do seu nascimento à 12 de setembro de 2024, mas as autoridades nacionais prolongaram as celebrações para até ao próximo dia 16 de Novembro, Dia das Forças Armadas guineenses, em que simultaneamente se celebra os 51 anos da proclamação da independência da Guiné-Bissau do jugo colonial português. ANG/ÂC//SG