COLIDE-GB exige realização das eleições gerais até final de Janeiro de 2025
(ANG) – O Partido da Convergência Nacional para a Liberdade e o Desenvolvimento (COLIDE-GB) exige a realização das eleições simultâneas (presidenciais e legislativas) até final de Janeiro de 2025, impreterivelmente, por forma, a que o novo Presidente da República que será eleito, tome posse, o mais tardar, no dia 27 de Fevereiro de 2025.
A exigência foi feita através de um comunicado à imprensa, produzido pela Secretária-geral do Partido, à que a ANG teve acesso hoje, e tornado público na sequência das declarações do Presidente da República e do Governo sobre o adiamento das legislativas antecipadas que haviam sido previstas para 24 de Novembro, por não haver condições técnicas para o efeito.
A formação política liderada pelo jurista, Juliano Augusto Fernandes disse que não aceita nenhuma justificação e que não se revê nela.
Sustenta que adiamento das eleições mantém o país numa situação de ilegalidade e inconstitucionalidade e leva o mandato do Presidente da República para além de 27 de Fevereiro de 2025.
“O regime nunca escondeu a sua intenção de apenas realizar as eleições legislativas e presidenciais, em Novembro de 2025, mesmo sabendo que essa intenção levaria à grave e inaceitável violação da Constituição e das leis da República”, refere o partido .
Se as eleições forem adiadas, O COLIDE-GB, de forma clara, coerente e inequívoca, responsabiliza, exclusivamente, o Presidente da República pela não realização das eleições legislativas no dia 24 de Novembro de 2024 e das eleições presidenciais, antes do fim do mandato do Presidente da República, a 27 de Fevereiro de 2025.
O partido promete ser, intransigentemente exigente quanto ao término do mandato do Presidente Umaro Sissoco Embaló, no dia 27 de Fevereiro de 2025.
“Se, por qualquer manobra ou estratégia insanas para a democracia, as eleições gerais não forem realizadas no final de Janeiro de 2025, o COLIDE-GB se posiciona desde hoje, no sentido de propor que, a partir de 28 de Fevereiro de 2025, todo o país, na base de consenso soberano de todas as franjas da nossa sociedade, entre em regime de transição política”, lê-se no comunicado.
De acordo com COLIDE-GB, durante esse período de transição a Guiné-Bissau seria presidida por um Presidente de Transição e governado por um Governo de Unidade Nacional, integrado por personalidades escolhidas, por consenso, de todas as instituições do Estado, partidos políticos e organizações representativas da sociedade civil e religiosa.
Acrescentou que o mandato dessas autoridades de transição seria o de conduzir um período de transição durante o qual. na base do Diálogo Inclusivo Nacional (DINAC), será adotado um Pacto de Transição Politica Nacional que se substanciaria, entre outros, na designação de um Secretariado Executivo Ad Hoc da CNE, mas também no levantamento das ilegais suspensões e demissões de Juízes Conselheiros do Supremo Tribunal de Justiça, permitindo que voltem à efetividade das suas funções para que, assim, sejam criados os pressupostos e as condições que garantam a realização de eleições simultâneas até ao final do ano de 2025. ANG/LPG/ÂC//SG