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Conflito Médio Oriente/Benjamin Netanyahu reitera que “não haverá Estado palestiniano”

Conflito Médio Oriente/Benjamin Netanyahu reitera que “não haverá Estado palestiniano”

(ANG) – O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reafirmou que “não haverá Estado palestiniano”, numa declaração que antecede a reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas, marcada para esta sexta-feira, 12 de Setembro.

Em debate estará a chamada “Declaração de Nova Iorque”, um documento que defende a solução de dois Estados -Israel e Palestina -, excluindo o Hamas de qualquer futuro político.

Apesar de Israel denunciar, há quase dois anos, a incapacidade da Assembleia – e do Conselho de Segurança da ONU – condenar os ataques do Hamas a 7 de Outubro de 2023, o texto preparado pela França e pela Arábia Saudita é claro na condenação e afirma que o grupo palestiniano deve libertar todos os reféns em Gaza.

“Condenamos os ataques perpetrados a 7 de Outubro pelo Hamas contra civis” e “o Hamas deve libertar todos os reféns mantidos em Gaza”, afirma.

A declaração, assinada em Julho por 17 Estados, incluindo vários países árabes, durante a primeira parte de uma conferência da ONU sobre a solução de dois Estados, vai mais longe e exige que o Hamas deixe o poder em Gaza e entregue as armas à Autoridade Palestiniana, com o objectivo último de criar um Estado Palestiniano soberano e independente.

De acordo com uma fonte da presidência francesa, esta declaração deve ser vista como a base para a cimeira que Paris e Riade vão co-presidir a 22 de Setembro, na ONU, em Nova Iorque, onde o Presidente Emmanuel Macron prometeu reconhecer o Estado Palestiniano.

Depois do Presidente Macron, vários países anunciaram a intenção de o fazer durante a semana da Assembleia Geral da ONU, que começa a 22 de Setembro. Este processo é visto como um meio adicional de pressionar Israel a terminar a guerra em Gaza, iniciada após os ataques do Hamas a 7 de Outubro de 2023.

Cerca de três quartos dos 193 Estados-membros da ONU reconhecem o Estado Palestiniano, proclamado pela liderança palestiniana no exílio, em 1988.

Todavia, o primeiro-ministro israelita afirmou, esta quinta-feira, que “não haverá Estado palestiniano”, numa cerimónia de assinatura de um projecto de um grande colonato na Cisjordânia ocupada.

“Cumpriremos a nossa promessa: não haverá Estado palestiniano, este lugar pertence-nos”, declarou.

Benjamin Netanyahu deixou um aviso: “Preservaremos a nossa herança, a nossa terra e a nossa segurança.”

No passado mês de Agosto, Israel aprovou um projecto de construção de 3.400 habitações na Cisjordânia, decisão criticada pela ONU e por vários líderes estrangeiros, por dividir o território palestiniano em dois e ameaçar um eventual Estado Palestiniano.ANG/RFI

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