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Côte d`Ivoire/  “OOAS  espera que a conferência sobre   Lassa produza recomendações que possam ser transformadas em estratégias regionais de luta contra a doença”, diz Tomé Cá

Côte d`Ivoire/  “OOAS  espera que a conferência sobre   Lassa produza recomendações que possam ser transformadas em estratégias regionais de luta contra a doença”, diz Tomé Cá

(Despacho do jornalista Salvador Gomes, convidado pela CEDEAO para cobertura desta conferência)

(ANG) –  A Febre Lassa está a provocar mortes no Gana, na vizinha República da Guiné, na Serra Leoa, Libéria e na Nigéria.

Segundo o Epedimeologista da OOAS, Tomé Cá, ainda não foi detectado nenhum caso da doença na Guiné-Biissau.

Dados anunciados no primeiro dia da conferência indicam que a doença é reponsavel por 300 mil infeções anuais na Africa Ocidental, das quais 100 mil morrem.

Antes da abertura da conferência internacional sobre a febre Lassa que decorre em Abidjan sob auspícios da Organização Oeste Africana da Saúde(OOAS) foi realizada uma reunião de peritos, investigadores, decisores politicos e autoridades sanitárias internacionais sobre as vacinas. Perguntamos ao  Tomé Cá, Epidemiologista responsáavel pela informações sanitárias na OOAS qual é a preocupação que a vacina levanta perante cenários de crises de epidemia que fustigam a costa ocidental africana.

Tomé Cá – O problema não é só a vacina. A Conferencia é sobre Lassa e é uma doença qu pode também ser prevenida através da vacina. Neste momento está em processo de estudo, de pesquisa para se encontrar uma vacina adequada a doença. Sua prevenção e tratamento é complicado com os meios em que vivemos, em ambientes o com animais(ratos), que são os transmissores diretos da doença. A OOAS quando fala de vacina´e para todas as doenças, Se formos capazes de produzir vacinas para febre Lassa então devemos ser capazes de produzir vacinas para outras doenças. Por isso é que quando se fala de vacinas, tem que ser no sentido global. Vacina para Lassa mas também vacina para todas as doenças que podem ser protegidas ou prevenidas através de vacinação.. Por isso é que a sessãao de manhã foi dedicada a vacina mas houve outras sessões  sobre tratamento clínico, aspectos laboratoriais, como fazer os diagnósticos,  e ainda sessão sobre capacidade de laboratórios para quando recolher amostras  fazer a transmissão.Quando se faz amostras, não se faz amostras únicas, inclui-se também outras doenças, por exemplo a Dengue que emerge na região. Então, a preocupação da OOAS é de  controlar a doença em si. Para controlar a doença é preciso saber quais são as medidas a tomar, e entre essas medidas, independentemente das condições de vida, higiene da casa, entra também a vacinação. Por isso está-se a desenvolver cooperações com muitos países que têm a capacidade de produção de vacinas e que querem reforçar as capacidades da nossa região para fazer face a doença. Foi uma sessão dedicada também a vacinas mas vai se continuar a discussão sobre outros aspectos ligados ao sistema de saúde de uma forma geral.

SG – Efeitos de Lassa, em termos sanitários, é superior aos de Paludismo ?

TC – Não. Paludismos neste momento é a maior deoença na nossa região. Mata muito mais, tem mais casos. Temos países em que  a febre Lassa está mais presentes.

SG –  Quais são esses países?

TC – Os mais afetados neste momento são a Nigéria, Gana, Serra Leoa, Libéria, países do golfo da Guiné, até Guiné-Conacry. Até agora não temos casos de Lassa na Guiné-Bissau.

SG– Como se pode ser contaminado por Lassa?

TC – Como já disse, há contacto diretor com animal que transmite a doença, essencialmente o rato. Podemos deixar a comida e se o rato fazer xixi na comida, deixa vírus e se entrar em contacto com uma pessoa apanha a doença.Uma vez infectado podes contaminar outra pessoa. Por isso é que há a questão de se prevenir para que a fonte primária não transmitisse a doença. Lassa é uma doença de febre hemorrargica, quer dizer,  pode provocar a hemorragia e  a morte. Não se compara com o Paludismo porque o agente de trnasmissão é diferente. Lassa pode contaminar alimentos se levar-mos esse alimento para outras partes do mundo pode-se contaminar outras pessoas, que nem tiveram contacto com ratos. Por isso é que quando chega um barco as pessoas vão ao Porto fazer investigação. Pode-se fazer o carregamento de produtos se forem contaminados por ratos esse alimento pode contaminar as pessoas.

SG– O Diretor-geral da OOAS fez um apelo à Ação…quer dizer que há um certo descuido em relação a agressão da Lassa ?

TC – Para ser honesto, de ponto de vita epidemiológico náo é que Lassa é mais importante que o Paludismo mas também é uma doença que pode ser controlada, se calhar mais fácil que o Paludismo. As nossas convivências com mosquitos devido a situação em que encontramos, é difícil esse controlo. Contudo, também está-se a fazer investigações para se encontar vacina contra Paludismo, é da mesma forma que se pretende que haja a mesma dinâmica em relação a Lassa. O apelo do DG surge  porque a conferência é sobre a febre de Lassa., por isso essa doença está a pesar mais. A OOAS vê a saúde na sua globalidade.

SG– Foi tambél feito um apelo à colaboração de  parceiros financiadores, farmaceuticos,estados-membros e sobretudo à investigadores. Quer dizer  dizer que ainda há muita coisa por fazer?

TC– È tudo um conjunta de pessoas ou instituições que devem se implicar.Problema de saúde não diz respeito apenas uma pessoa ou ym país. Tal como diz o tal provérbio:  se a casa do vizinho está a arder não diga que o problema é dele, o fogo pode mais tarde chegar a sua casa. Os mecanismos de transmissão da doença não tem fronteiras.Uma doença no país vizinho pode entrar no seu . Por isso é que existe toda essa onda para os países com fronteiras sobretudo se unissem na luta contra as epidemias emergentes.

SG – O que é que espera desta conferência ?

TC– Espero que depois destes dias de conferência vamos sair com recomendações, e OOAS, enquanto organizações de saúde da comunidade, vai conseguir transformar essas recomendações em algumas estratégias regionais, com algumas orientações regionais, que todos os países da comunidade devem seguir Orientações comuns mas também algumas ações  que serão as linhas mestras que cada país deve tomar em consideração para o futuro.ANG

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