EUA/Donald Trump reivindica “vitória nunca antes vista”
(ANG) – O candidato republicano às presidenciais nos Estados Unidos, Donald Trump, declarou vitória, esta quarta-feira, numa altura em que as projecções dos media norte-americanos o colocavam a apenas três votos eleitorais de alcançar os 270 necessários para regressar à Casa Branca.
“É uma vitória política nunca antes vista no nosso país“, afirmou Donald Trump perante milhares de apoiantes no Centro de Convenções de Palm Beach, no estado da Florida.
De acordo com os resultados que foram sendo anunciados, o magnata nova-iorquino venceu nos estados da Carolina do Norte, Geórgia, Pensilvânia, três dos sete estados decisivos nesta eleição presidencial. (Os chamados ‘swing states’ são a Geórgia, Arizona, Wisconsin, Pensilvânia, Michigan e Nevada.)
O antigo Presidente dos EUA (2016-2020) somava, assim, 267 votos dos chamados “grande eleitores” do Colégio Eleitoral. A candidata democrata e vice-presidente, Kamala Harris, tinha 214 votos. O Colégio Eleitoral é constituído por 538 “grandes eleitores”, representativos dos 50 estados norte-americanos. Tal como a Geórgia, a Pensilvânia teria dado a vitória ao candidato democrata, Joe Biden, em 2020.
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Kamala Harris ainda não falou aos seus apoiantes, reunidos na universidade Howard, em Washington.O co-director de campanha, Cedric Richmond, anunciou que a candidata se exprime esta quarta-feira, mas que “ainda estava a decorrer a contagem de votos”.
Donald Trump, de 78 anos, poderia, assim, tornar-se no único presidente norte-americano a ter sido alvo de dois processos de destituição e o primeiro ex-Presidente condenado. Também seria o primeiro político em mais de um século a ganhar dois mandatos não sucessivos.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, escreveu na rede social X: “Parabéns Presidente Donald Trump. Pronto para trabalharmos juntos como o fizemos durante quatro anos. Com as suas convicções e com as minhas. Com respeito e ambição. Mais paz e prosperidade.”
O Presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, também deu os “parabéns a Donald Trump pela impressionante vitória eleitoral”.
A porta-voz do ministério russo dos Negócios Estrangeiros, Maria Zahkarova, declarou que “os Estados Unidos devem curar a sua própria democracia e não culpar os outros pelos seus erros”, em referência às acusações americanas de inferência russa nas presidenciais.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, felicitou Trump pelo “maior regresso da história”, um “regresso histórico à Casa Branca que oferece um novo início à América e um compromisso forte a favor da grande aliança entre Israel e a América”.
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, também felicitou Donand Trump e lembrou que “a União Europeia e os Estados Unidos são mais do que simples aliados” e que estão “unidos por uma parceria real entre os povos”.ANG/RFI