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EUA/ Fugir antes da chegada do furacão Milton é “questão de vida ou morte”, diz Joe Biden

EUA/ Fugir antes da chegada do furacão Milton é “questão de vida ou morte”, diz Joe Biden

(ANG)  – A tempestade Milton aproxima-se da Flórida, na costa Leste dos Estados-Unidos, onde é esperada esta noite de quarta-feira, classificada na categoria 5, a mais perigosa.

Face à gravidade da situação, o Presidente Joe Biden exortou os habitantes a fugir das áreas em ausa, afirmando que se trata de uma “questão de vida ou de morte”. 

A tempestade Milton voltou a atingir o nível de alerta máximo esta terça-feira, depois de passar ao largo da península do Yucatan no México, onde provocou alguns danos materiais sem causar vítimas. O estado norte-americano da Florida prepara-se para a passagem do Furacão esta noite de quarta-feira, naquilo que poderá ser “a pior tempestade” do século a abater-se na península, de acordo com o Presidente Joe Biden. Milton é um “furacão extremamente perigoso”, alertou por sua vez o Centro Nacional de observação dos Furacões (NHC, na sigla em inglês), aludindo aos danos consequentes dos ventos que poderão atingir 279 quilómetros por hora e as ondas submersivas até quatro metros de altura.   

O Presidente Joe Biden, que adiou as visitas previstas à Alemanha e a Angola face à gravidade da situação, apelou os habitantes da Florida, o terceiro estado mais povoado do país, a deixar as suas casas, avançando que se trata de uma “questão de vida ou de morte”. A presidente da câmara da cidade de Tampa, Jane Castor, afirmava na segunda-feira no canal televisivo CNN: “Posso afirmá-lo sem estar a dramatizar a situação: se optarem por ficar, vão morrer”. 

O alerta das autoridades e dos responsáveis políticos para fugir da zona impactada pelo furacão traduziu-se pelo trânsito observado esta quarta-feira nas estradas em direcção ao Leste e Norte do país. Esta manhã, as reservas de combustível estavam vazias numa em cada quatro estações de gasolina do Estado da Flórida. Comerciantes e habitantes fixaram barricadas de madeira nas fachadas das suas lojas e casas. As autoridades transferiram cerca de 4 600 detidos para outros estabelecimentos prisionais.

Isto surge apenas duas semanas depois da passagem do furacão Helena e das suas consequências devastadoras, com a morte de pelo menos 253 pessoas e danos nas infraestruturas e habitações que vinham sendo colmatados até agora.

Em plena campanha presidencial, o candidato republicano Donald Trump acusou o Estado Federal de “inacção” no socorro às vítimas e partilhou nas redes sociais teorias complotistas segundo as quais as ajudas do Estado seriam desviadas para serem distribuídas aos migrantes.  

As mudanças climáticas tornam mais provável a rápida intensificação das tempestades e aumentam o risco de furacões mais potentes ao elevar a temperatura dos mares e dos oceanos, de acordo com a comunidade científica. Um relatório publicado esta quarta-feira pela World Weather Attribution, um grupo internacional de pesquisa sobre o clima, avança que as chuvas torrenciais e os ventos fortes do furacão Helena tornaram-se 10% mais intensos devido às mudanças climáticas. De acordo com as previsões, a submersão das águas provocada pelo furacão Milton no litoral da baía Tampa, na Florida, poderá ser duas vezes mais importantes do que aquela observada há duas semanas com o furacão Helena. 

As condições climáticas agravaram-se também no continente europeu. A tempestade Kirk deixou cerca de 300 000 pessoas sem electricidade em Portugal e arrancou mais de 400 árvores na região do Porto, antes de se deslocar para o sul de França onde as autoridades decidiram cortar a circulação ferroviária face às chuvas intensas e ventos fortes. ANG/RFI

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