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Farmacêutico Chadan Kumar recomenda uso de replentes para prevenção de  picadas de mosquitos

Farmacêutico Chadan Kumar recomenda uso de replentes para prevenção de  picadas de mosquitos

(ANG) – O farmacêutico da origem Indiana Chadan Kumar, igualmente funcionário da Farmácia “Rina”, situada em Bissau, recomendou  hoje  o uso de replentes, como forma de evitar picadas de mosquitos.

Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), alusiva ao Dia Mundial do Mosquito, que se assinala hoje (20 de Agosto), Chadan Kumar disse haver  três medicamentos importantes para a proteção das picadas dos mosquitos  nas prateleiras de várias  farmácias da capital Bissau.

“Existem  Odomos Spray e Odomos Pomada, e os dois são repelentes que não fazem mal a pele humana, e a protegem  de picadas de mosquitos. Por outro lado, temos a Criolina Mercury, que pode ser usada nos momentos de limpeza das nossas casas, porque o seu cheiro mata qualquer tipo de insectos, que se encontra no interior da  casa”, disse o farmacêutico.

Segundo  Kumar, as picadas dos mosquitos são  muito prejudicial à saúde humana, e podem, por exemplo, provocar o Palusimo, um dos principais causas de morte em todo o mundo, e o Paludismo chegou de ser principal causa de morte de crianças na Guiné-Bissau.

Casos de Paludismo aumentam na Guiné-Bissau na época chuvosa, razão pela qual o Ministério da Saúde Pública tem intensificado a campanha de prevenção contra a doença com atribuição de mosquiteiros e vacinação de crianças, para além de recomendações, através das rádios, de limpeza de residências e seus arredores  e de todos os sítios onde os mosquitos podem viver e reproduzir.

Citando o último relatório do Ministério da Saúde, do período de 2020 a 2023, o Coordenador Nacional do Programa do combate ao paludismo aponta para uma diminuição da taxa da prevalência da doença na Guiné-Bissau de seis para três por cento.

Januário Biaguê referiu dados do Instituto Nacional da Saúde Pública (INASA) que indicam que, em 2023, foram notificados, na Guiné-Bissau, pouco mais de 112 mil casos de paludismo e registados 310 óbitos ligados à doença.

 “Tudo isso mostra que o paludismo está a regredir no nosso país, mas isso não quer dizer que não devemos continuar vigilantes. O paludismo afeta todas as camadas da população, mas afeta mais as crianças até aos cinco anos e as grávidas”, precisou Biaguê.

As regiões de Bafatá e Gabú, no leste da Guiné-Bissau, são as zonas de maior prevalência do paludismo, referiu o responsável.

O Coordenador Nacional do Programa de Combate ao Paludismo acredita que em Bafatá, segunda cidade do país, os mosquitos transmissores da doença desenvolveram “resistência aos inseticidas” devido ao facto de, no passado, um projeto de produção do algodão ter utilizado muito aqueles produtos nas plantações.

Januário Biaguê referiu que a diminuição da taxa de prevalência do paludismo na Guiné-Bissau deve-se ao “reforço da capacidade técnica” a nível do Ministério da Saúde, mas, sobretudo, à “contribuição de parceiros” na implementação da estratégia nacional de combate à doença.

Biaguê destacou a ação do Fundo Mundial, cujos recursos são canalizados para o país através do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com os quais é implementada a estratégia nacional de combate delineada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O grande desafio no âmbito da estratégia é fazer com que todos os guineenses durmam sempre debaixo de mosquiteiros. Normalmente, os guineenses só utilizam os mosquiteiros durante a época das chuvas, que vai de junho a outubro.

Em 20 de Agosto de 1897, o médico britânico Ronald Ross descobriu que o mosquito fêmea transmite a malária, e para o combater foram lançadas as bases para o combate a doença. A descoberta valeu ao médico o Prémio Nobel de Medicina. ANG/LLA/ÂC//SG   

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