França/ Conselho de defesa se reúne para redefinir estratégia militar e civil em África
(ANG) – O Governo terá de debater sobre as preconizações do relatório de Jean-Marie Bockel, enviado pessoal do Presidente Emmanuel Macron, para redefinir a estratégia francesa em África.
O relatório de Jean-Marie Bockel deverá ser divulgado para desenhar uma filosofia na África Ocidental.
Uma página de história já se virou no campo militar De Gaulle em Libreville no Gabão, e também vai ocorrer no campo de Ouakam em Dacar no Senegal e no de Port-Bouët em Abidjan na Costa do Marfim.Essas bases já não serão campos militares franceses. As forças armadas gaulesas reduziram a presença permanente nessas antigas colónias.
Fim anunciado também da presença dos militares franceses no Senegal, na Costa do Marfim e no Gabão.Um grande número de famílias já regressou a França.
A nova filosofia francesa passa por presenças partilhadas com o país que acolhe os militares gauleses. Já não vai haver bases, nem contingente, apenas presença de colaboração com as forças militares internas dos diferentes países.
Nos últimos seis meses, o volume global de militares em África não ultrapassou os 5 mil homens.
O dispositivo será mais leve e mais pró-activopara responder às necessidades dos parceiros.
Essa inversão do papel entre a França e os países parceiros está a ser bem recebida por países como a Costa do Marfim.Esse dispositivo tem a vantagem de expor muito menos as forças armadas francesas às contestações e às campanhas de desinformação sobre o papel da presença da França em certos países africanos.
A base de Djibuti com 1500 militares, cujo papel está virado para os oceanos Índico e Pacifico, não entra nessa nova reformulação. A base no Chade também é uma incógnita, o contingente de mil militares é o derradeiro vestígio da presença militar francesa no Sahel. ANG/RFI