França/Novo Governo mais à direita, com Rachida Dati na Cultura
(ANG) – O novo primeiro-ministro francês Gabriel Attal, em conjunto com o Presidente Emmanuel Macron, formaram um governo mais restrito, mais político, virado à direita e com menos perfis tecnocratas.
Uma nova equipa parcialmente revelada, composta por 14 nomes, sete homens e sete mulheres. Uma paridade perfeita, embora sem nomes femininos em ministérios sonantes.
Vários pesos pesados do executivo anterior foram confirmados, Bruno Le Maire continua a tutelar a Economia e Finanças e Gerald Darmanin à frente do ministério do Interior.
Sébastien Lecornu também permanece nas Forças Armadas e Eric Dupond-Moretti na Justiça. Marc Fesneau conserva a Agricultura e a Soberania Alimentar e Christophe Béchu a Transição Ecológica e Coesão Territorial. Sylvie Retailleau continua a tutelar o Ensino Superior e a Investigação.
Amélie Oudéa-Castéra vê o seu ministério a ser alargado e passa de ministra dos Desportos e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos a ministra do super-ministério da Educação nacional e da Juventude, dos Desportos e dos Jogos Olímpicos 2024.
A surpresa da remodelação governamental foi o regresso de Rachida Dati ao elenco, a antiga ministra da Justiça de Sarkozy e presidente da câmara do sétimo bairro de Paris, regressa ao governo para assegurar a pasta da Cultura, substituindo Rima Abdul-Malak.
Aos 38 anos, Stéphane Séjourné substitui Catherine Colonna no ministério da Europa e Negócios Estrangeiros. O mais novo a ocupar o posto até agora.
Catherine Vautrin passa a ser ministra do Trabalho, Saúde e Solidariedade. Substitui Olivier Dussopt.
A secretária de Estado da Juventude desde Julho, Prisca Thevenot, foi promovida a porta-voz do Governo, no lugar de Olivier Véran.
Marie Lebec é a nova ministra delegada encarregada das relações com o Parlamento e Aurore Bergé ministra delegada encarregada da Igualdade entre Mulheres e Homens e da Luta contra as Discriminações.
Pouco depois do anúncio do novo elenco governativo, o primeiro-ministro Gabriel Attal, em entrevista à TFI, falou da nova ministra da Cultura Rachida Dati – até à data crítica em relação a Emmanuel Macron e sob investigação por corrupção.
Attal evocou “o princípio da presunção de inocência”, diz-se “muito feliz” com a nomeação desta “mulher que não deixa ninguém indiferente, uma mulher de compromisso”.
Questionado sobre uma viragem à direita do Governo, o novo primeiro-ministro sublinhou que não está “aqui para pedir aos meus ministros para me mostrar o cartão político” e acrescentou tratar-se de uma equipa equilibrada: “há pessoas com uma sensibilidade de direita, outras de esquerda como Éric Dupont-Moretti, Stéphane Séjourné ou Sylvie Retailleau”.
O primeiro-ministro também renovou o compromisso de Emmanuel Macron de reduzir os impostos para a classe média. “O presidente comprometeu-se [a reduzir os impostos em dois mil milhões de euros] e, evidentemente, estaremos presentes para cumprir o seu compromisso”, garantiu. ANG/RFI