Frente Social condiciona início do novo ano lectivo com cumprimento de pontos chaves do Caderno Reivindicativo entregue ao Governo
(ANG) – A Frente Social, organização que engloba sindicatos do sector da educação e saúde, condicionou o início do próximo ano lectivo com o cumprimento de certos pontos considerados chaves, constantes no Caderno Reivindicativo a ser entregue esta quinta-feira ao Governo.
Falando hoje numa conferência de imprensa, o porta-voz da Frente Social Ioio João Correia disse que o encontro tem entre outros objectivos chamar atenção ao Governo de que o início do ano lectivo 2024/25 está a porta e os problemas apresentados pelos sindicatos não foram cumpridos nem 10 por cento, frisando que não querem que que as aulas nas escolas públicas começam com paralizações.
Correia disse que, entre os pontos elencados no Caderno Reivindicativo, os mais urgentes são, o pagamento do salário aos professores de novos ingressos em contratados e que alguns estão a trabalhar há mais de um ano sem salário, pagamentos das diferentes dívidas contraídas com os técnicos da educação e da saúde, a efectivação, diuturnidade, requalificação dos técnicos destas duas áreas e a melhoria das condições laborais de trabalho.
“Quando vimos muitos investimentos na área da defesa e segurança em relação a estes dois sectores sociais, questionamos se a Guiné-Bissau está em guerra”, salientou.
Aquele sindicalista, falou ainda das nomeações de pessoas sem preparação para cargos administrativos sem respeito pela lei e nem responsabilização em casos de fraudes e outros.
A título de exemplo, Yoio João Correia, evocou o caso da perda de mais de mil certificados no Ministério da Educação e que ainda ninguém foi responsabilizado, tendo questionado por onde está o Ministério Público para fazer o seu trabalho.
Ioio João Correia voltou a reafirmar que o objectivo da entrega do Caderno Reivindicativo é de advertir ao Governo mostrando que não querem comprometer o início do ano escolar.
“Mas perante a inoperância e falta de vontade do Executivo não temos outra escolha a não ser iniciar com as paralizações quando iniciar as aulas uma vez que não existem condições objectivas para o fazer, contudo reafirmamos a disponibilidade em negociar”, frisou.ANG/MSC/ÂC