Israel/Governo informa oficialmente a ONU da proibição da sua agência para os refugiados palestinianos
(ANG) – Israel informou oficialmente na segunda-feira a ONU a proibição das atividades da agência das nações unidas para os refugiados palestinianos, entidade considerada a “coluna vertebral” da ajuda à população dos territórios ocupados.
Na semana passada, Israel votou uma lei anulando o acordo com esta agência, alguns dos seus membros tendo sido acusados pelo estado hebraico de serem cúmplices de actos terroristas.
Uma semana depois de ter votado uma lei proibindo as atividades da agência das nações unidas para os refugiados palestinianos, Israel notificou formalmente a ONU da sua decisão que a concretizar-se, deve entrar em vigor 90 dias depois de ter sido votada. Isto apesar de diversas advertências de vários quadrantes, nomeadamente a nível da própria ONU, para a qual “isto pode representar a derrocada da operação humanitária internacional em Gaza”.
Enquanto isso, Israel continua as suas operações na Faixa de Gaza e no Líbano.
De acordo com o Hamas que controla a Faixa de Gaza, pelo menos dez pessoas morreram em duas séries distintas de bombardeamentos contra uma zona residencial da cidade de Beit Lahiya, no norte, e contra o campo de refugiados de Nusseirat, no centro do enclave.
Na Cisjordânia ocupada, segundo testemunhos locais, um grupo de uma dezena de colonos incendiou hoje cerca de 20 veículos durante um ataque contra uma propriedade palestiniana nos arredores de Ramallah. De acordo com a policia israelita, a ocorrência está a ser investigada.
No sul do Líbano, outra frente de combate, o exército israelita refere ter “eliminado” Riad Rida Ghazzawi, comandante da força Radwan, unidade de elite do Hezbollah. Apesar deste novo golpe contra as suas chefias, este grupo armado apoiado pelo Irão, indicou ter lançado novas salvas de roquetes contra Safed, uma localidade israelita junto da fronteira com o Líbano. ANG/RFI