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Moçambique/ Ciclone Chido matou pelo menos 70 pessoas

Moçambique/ Ciclone Chido matou pelo menos 70 pessoas

(ANG) – Pelo menos 70 pessoas morreram na sequência da passagem do ciclone Chido no fim de semana passado pelo norte de Moçambique.

E isto segundo novo balanço desta quarta-feira do Instituto nacional de gestão e redução de risco de desastres. Do terreno os relatos são de devastação: quase 600 pessoas ficaram feridas e são muitas as casas, escolas ou estruturas de saúde destruídas.

Juliasse Sandramo, bispo de Pemba, em declarações à agência Lusa, descreve como “arrasador” o resultado da passagem do ciclone naquela área do norte de Moçambique.

O distrito de Mecúfi, de Chiúre ficou arrasado. Praticamente 80% das casas das populações ficaram danificadas, talvez mais… Os dados ainda são divulgados e eu estou num lugar em que não posso precisar o número, mas é um número muito alto de pessoas que ficaram prejudicadas com este ciclone !

Quase todos os moradores deste distritos, porque também as casas convencionais ficaram sem os tectos. As paredes permaneceram, mas os tectos voaram, ou parte do tecto voou e aqueles outros que ficaram sem nada mesmo…

É devastador. Em Mecúfi o relato da batida das religiosas que estão lá: Há 20 mortos que ainda não estão sendo divulgados. E as irmãs religiosas dizem que deve haver mais, porque os enterros aconteceram imediatamente por causa da religião islâmica e alguns não foram comunicados devidamente às instituições.

Juliasse Sandramo,  refere-se às dificuldades para realojar muitas pessoasque dormem ao relento por as suas casas se terem desmoronado.

“Podem conseguir estacas, mas será muito difícil conseguir nestes dias o capim para fazer a cobertura. Esse capim só aparecerá e vai estar em condições a partir de Junho e Julho do próximo ano. Aproxima-se o período das chuvas e é muito importante que cada família ao menos tenha uma lona. Poderão fazer uma casa e quando houver chuvas, crianças e todos eles poderão estar naquele abrigo até voltarem a reconstruir nas suas casas.

Penso que esta é uma urgência muito grande e outra é que está o período da sementeira. Estas sementes ficaram também estragadas por causa das chuvas. Agora é preciso repor para que possam voltar a lançar à terra a semente. Depois vem o resto, como a comida e etc. A reposição, sobretudo das infraestruturas, como a saúde. Muitas pessoas, ficaram feridas e vão emergir também certas doenças nos próximos dias. E a escola que em Fevereiro deve retomar as aulas. Várias escolas ficaram também sem tecto. Todos nós vamos tentando lançar SOS, ver o que podemos conseguir em favor deste povo tão sofrido: por um lado, pela guerra e agora por esta catástrofe natura”, disse o Bispo.

Segundo dados do INGD revelados nesta quarta-feira à comunicação social só em Mecúfi, na província nortenha de Cabo Delgado, teriam morrido 50 pessoas.

Também as províncias de Nampula e de Niassa foram severamente afectadas por um ciclone que, previamente, tinha devastado também o arquipélago francês de Mayotte.

Segundo as autoridades moçambicanas mais de 180 000 pessoas teriam ficado afetadas, em Moçambique, pelo Chido. ANG/RFI

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