Moçambique/Consórcio associativo denuncia que eleições em Moçambique “não foram transparentes”
(ANG) – As eleições autárquicas foram marcadas por graves irregularidades e que comprometem a credibilidade dos resultados que dão vitória a FRELIMO nas 64 das 65 autarquias do país.
A conclusão é do consórcio “Mais Integridade” que considera que o processo “não foi justo e muito menos transparente”.
Quase uma semana após a votação das eleições autárquicas em Moçambique, o líder do consórcio Mais Integridade, Edson Cortez, avaliou negativamente este escrutínio que terá sido ganho pela FRELIMO.
“Com base nas evidências recolhidas nas mesas de voto, notamos com preocupação que as sextas eleições autárquicas não foram transparentes, íntegras e imparciais. Registamos um nível elevado de fraude e má conduta por parte das autoridades eleitorais, dos membros da mesa de votos e dos brigadistas do recenseamento eleitoral. Uma fraude particularmente grave surgiu durante o processo de contagem em que os editais foram adulterados“, denunciou este movimento.
Segundo Edson Cortez, estes não foram os únicos problemas com os quais foram confrontados os observadores desta votação.
“Registámos ainda o uso abusivo da força pelas forças de Defesa e Segurança para intimidar e expulsar observadores e delegados de candidatura dos partidos da oposição das mesas de voto e desviar urnas para locais desconhecidos diferente daqueles onde deveria ocorrer o apuramento. O partido FRELIMO, nestas eleições mostrou ser jogador e árbitro dentro do processo“, acusou.
Para o Consórcio Mais Integridade que junta oito organizações da sociedade civil, a Comissão Nacional de Eleições foi um entrave à acreditação dos observadores.
Os resultados definitivos das sextas eleições autárquicas, serão conhecidos dentro de 15 dias contados desde o dia da votação 11 de Outubro. ANG/RFI