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Moçambique/União Africana louva “primeiras eleições em que não há armas”

Moçambique/União Africana louva “primeiras eleições em que não há armas”

(ANG) –  Bornito de Sousa, chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Africana, louvou, esta terça-feira, “as primeiras eleições em que não há armas” em Moçambique, em referência às eleições gerais desta quarta-feira.

As declarações foram feitas durante um encontro com a ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, que hoje recebe os chefes das diferentes missões de observação eleitoral, nomeadamente da União Europeia, da União Africana, da Comunidade de Países de Língua Portuguesa e da Commonwealth.

No encontro, no ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, em Maputo, Bornito de Sousa, chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Africana, sublinhou que estas “são as primeiras eleições em que não há armas”.

“Registamos positivamente o facto que são as primeira eleições em que não há armas nas mãos de algum partido e isso é muito bom, cria confiança da parte dos cidadãos de Moçambique. Como todos, esperamos que os resultados reflitam o sentimento do povo moçambicano”, declarou o antigo vice-presidente de Angola.

A chefe da diplomacia moçambicana declarou que “Moçambique associa-se aos esforços da Uniao Africana visando a estabilidade do continente” e lembrou que “Moçambique  está comprometido com um dos principais compromissos [da UA] que é a promoção da democracia, da paz e da estabilidade dos países da região através de eleições justas, livres e transparentes”.

Antes, Verónica Macamo reuniu com os observadores da União Europeia e agradeceu à UE “a contribuição na luta contra o terrorismo”. A ministra lembrou que a presença da UE em Moçambique “atesta o compromisso sobre os principais objectivos da organização, particularmente a promoção da paz mundial, apoiando as Nações Unidas e outras iniciativas globais para manter a paz, a promover a defesa da democracia e incentivando práticas democráticas e governação transparente”.

Laura Ballarín Cereza, chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Europeia, disse que a UE partilha um objetivo com Moçambique que é “reforçar o desenvolvimento democrático de Moçambique” e lembrou que há 179 observadores no total, distribuídos por todas as províncias do país e que os primeiros chegaram já a 1 de setembro.

“Queríamos sublinhar o compromisso da União Europeia com Moçambique, as relações que temos tido em toda a história e a nossa presença aqui a observar as eleições desde 1994… Partilhamos o mesmo objectivo de reforçar o desenvolvimento democrático de Moçambique”, declarou Laura Cereza.

Na reunião com o chefe da Missão de Observação Eleitoral da Commonwealth, Kenny Anthony, Verónica Macamo disse que “Moçambique associa-se aos esforços da Commonwealth de paz e estabilidade” acrescentando que “eleições livres, justas e transparentes são fundamentais para a consolidação da democracia”. Por sua vez, Kenny Anthony afirmou ter “uma impressão positiva que todos os intervenientes manifestaram o compromisso com a paz, estabilidade, transparência” e que encontrou “um ambiente tranquilo e pacífico”.

Depois, Verónica Macamo recebeu o chefe da Missão de Observação Eleitoral da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), João Gomes Cravinho, o qual destacou que “a campanha decorreu de forma muito positiva, com um grande civismo e sem incidentes relevantes”.

“A nossa perspectiva sobre a campanha é que decorreu de forma muito positiva, com um grande civismo e sem incidentes relevantes e fazemos votos que tudo continue a correr desse modo durante o acto eleitoral e durante o apuramento dos resultados de quarta para quinta-feira. A nossa expectativa é, na sexta-feira, dia 11, apresentarmos uma declaração que é provisória e passado 15 dias estamos em condições de apresentar um relatório mais elaborado, mais substantivo às instâncias da CPLP em representação de quem estamos cá”, declarou o antigo ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros de Portugal.

A chefe da diplomacia moçambicana afirmou que “Moçambique associa-se aos esforços da CPLP visando a paz e a estabilidade em África e no seio da comunidade, bem como para o desenvolvimento de todos os países” e reiterou que “um dos principais compromissos da nossa organização continental União Africana é a consolidação da democracia, promoção da paz e estabilidade dos países da região através de eleições livres, justas e transparentes”.

“A vossa presença em Moçambique atesta os compromissos sobre os princípios e objectivos da nossa CPLP que incluem fundamentalmente a igualdade soberana dos estados-membros e não ingerência nos assuntos internos de cada Estado, respeito pela identidade nacional e reciprocidade de tratamento. Mas também cumprimento da paz, democracia, Estado de direito, direitos humanos e justiça social, o respeito pela dignidade e pela integridade territorial, também a promoção de desenvolvimento e cooperação”, declarou Verónica Macamo. ANG/RFI

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