Primeiro-ministro pede responsabilidade na utilização da Plataforma de Telemedicina instalada no Hospital Militar
(ANG) – O Primeiro-ministro pediu hoje uma maior responsabilidade na utilização da Plataforma de Telemedicina instalada no Hospital Militar com o objetivo de facilitar os trabalhos dos técnicos de saúde guineense e a orientação de especialistas estrangeiros sobre difirentes patologias que afetam a população.
Rui Duarte Barros falava no ato de inauguração do Sistema de Telecomunicações para a Saúde Materna, Neonatal e Infantil, instalada no Hospital Militar Principal, para promover interação entre os médicos da Guiné-Bissau e os estrangeiros na procura de solução para os casos das doenças mais complicadas.
O primeiro-ministro disse ser a primeira Plataforma da Telemedicina instalada na Guiné-Bissau e que requer muita responsabilidade na sua utilização , de forma a servir não só os pacientes do Hospital Militar mas também de outros centros hospitalares do país.
O ministro da Saúde Pública, Domingos Malú considera de importante ter uma Plataforma de Telemedicina na Guiné-Bissau, uma vez que segundo ele, o sistema de saúde da Nação guineense é precário e a referida Plataforma vai ajudar na redução da morte materna infantil.
“Com esta Plataforma é possível superar algumas dificuldades que temos na área de saúde. Deste modo, agradeço o gesto da União Europeia em apoiar o progresso do setor de Saúde do nosso país”, referiu Domingos Malú.
O Embaixador da União Europeia na Guiné-Bissau, Artis Bertulis reafirmou o compromisso da organização que representa de apoiar o desenvolvimento institucional do setor de saúde e de mobilizar mais fundos para ajudar no desenvolvimento de outras áreas, com a finalidade de promover o benefício comum no país.
“Na realidade, já fizemos muita coisa para este país, mas a nossa vontade de dar continuidade às ações de promoção do desenvolvimento sustentável é enorme, por isso, vamos continuar a trabalhar, de mãos dadas com o Governo guineense, no sentido de concretizar mais realizações”, garantiu aquele responsável.
O Diretor-geral do Hospital Militar Principal, Ramalho Cunda informou que, a concretização de instalação da Plataforma de Telemedicina foi possível graças à um projeto que está dentro do plano estratégico do mesmo hospital.
“Estamos ciente de que , vivemos num país no qual os paramédicos são insuficientes para responder a cobertura nacional. Também carecemos de especialistas, o que leva os nossos pacientes a atravessar fronteira, muitas das vezes, mesmo que, o caso não seja tão complicado”, referiu o Diretor-geral.
Salientou que, a importância do serviço da Telemedicina, é de permitir que os técnicos do Hospital Militar, bem como de outros centros hospitalares do país, terem uma orientação dos especialistas exteriores sobre os casos das patologias que não conseguem solucionar ou detetar no país.
Questionado sobre o custo para beneficiar do serviços de Plataforma de Telemedicina, respondeu que, durante os dois primeiros anos vão beneficiar do apoio de União Europeia e que devido a isso, o custo será razoável para os pacientes.
Acrescentou que, na realidade, a medicina tem custo sempre, tendo em conta as despesas com revisão e manutenção que o aparelho pode exigir com o tempo.
“Enquanto beneficiários do apoio da União Europeia, teremos que cobrar metade do preço para cada patologia. Por exemplo, para fazer o Checap é cobrado 70.000 francos CFA, mas se vamos fazer o mesmo teremos que cobrar 35.000 fcfa, com finalidade de ter a sustentabilidade no futuro”, informou.
O novo equipamento foi adequirido no âmbito do Programa de União Europeia “apoiar saúde reprodutiva, Materna, neonatal e Infantil rumo à um Sistema Universal de Cobertura de Saúde na Guiné-Bissau.ANG/AALS/ÂC//SG