Governo e FMI chegam acordo sobre a terceira fase do Programa de Facilidade de Crédito Alargado
(ANG) – O Governo e o corpo técnico do Fundo Monetário Internacional(FMI), chegaram a um acordo de apoio à terceira fase do programa da facilidade de Crédito Alargado(ECF).
O anúncio foi feito pelo chefe da equipa do corpo técnico do FMI, José Gijon em conferência de imprensa conjunta realizada hoje, com o ministro da Economia e Finanças Suleimane Seidi.
Na ocasião, Gijon disse que o acordo está sujeito à aprovação do Conselho de Administração do FMI, que tem reunião marcada para meados de Novembro próximo, e que a Guiné-Bissau teria acesso à cerca de 8,10 milhões de dólares, cerca de 10 bilhões de francos CFA, perfazendo o total de cerca de 17.40 milhões de dólares apoio previsto ao abrigo desse programa.
Uma equipa do corpo técnico do FMI, liderada por José Gijon, Chefe da Missão para a Guiné-Bissau, reuniu em Bissau, entre 20 de Setembro e 2 de Outubro de 2023, com as autoridades financeiras de Bissau, e em debate esteve a terceira avaliação do mecanismo da Facilidade de Crédito Alargada, cujo montante inicial aprovado, em Janeiro, foi no valor de 37,9 milhões de dólares.
José Gijon disse que, a economia do país continua a recuperar em 2023, prevendo-se que o crescimento atinja 4, 2 por cento, o mesmo nível que em 2022.
Informou que a inflação continua elevada, prevendo-se para 2023, uma média de 8 por cento, refletindo o aumento dos preços internacionais de alimentos e combustíveis.
Segundo Gijon, a quebra dos preços internacionais de caju deverá contribuir para agravar o atual défice da conta corrente.
“Os resultados da implementação do programa foram mistos, no contexto de um desafiante ambiente sociopolítico e económico. Ficou-se aquém do piso da receita fiscal, devido a uma receita do caju inferior à esperada”, sublinhou.
Por sua vez, o ministro da Economia e Finanças disse que, para o bom êxito do processo, têm recebido orientação da parte do FMI no sentido de garantir a estabilidade política, manter o rigor na execução da política orçamental, de forma a aumentar a capacidade de mobilização das receitas e ser muito rigoroso nas despesas públicas.
Suleimane Seidi salientou que, outras recomendações do FMI têm a ver com a continuação das reformas estruturais e rigor na admissão de despesas que não são concessionais. ANG/ÂC//SG