Visita PR do Senegal/ “Senegal representa 48 por cento do volume de importações da Guiné-Bissau”, diz DG do Comércio Externo
(ANG) – O Diretor-geral do Comércio Externo revelou que ao nível da União Económica e Monetária Oeste Africana, (UEMOA), Senegal representa 48 por cento do volume de importações de produtos da Guiné-Bissau.
A revelação foi feita, hoje, por Lassana Fati, em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné(ANG), sobre as relações comerciais entre Bissau e Dakar, no quadro da visita que o Presidente do Senegal efectua à Guiné-Bissau entre os dias 26 e 27 do corrente mês.
Lassana Fati disse que Guiné-Bissau e Senegal têm uma relação comercial histórica e seculares.
“Quando a Guiné-Bissau tinha sua própria moeda, o (peso), na altura havia algumas dificuldades. Porque para fazer compra no Senegal era necessário fazer câmbio do peso guineense para franco CFA e vice-versa”, lembrou o Director Geral do Comércio Externo.
Acrescentou que, a adesão da Guiné-Bissau à União Económica e Monetária Oeste Africana(UEMOA), em 1997, tornou mais fácil a transação comercial, pois deixou de haver necessidade de se fazer o câmbio para se ir comprar no Senegal ou na Guiné-Bissau.
Em relação ao volume comercial, Lassana Fati disse que é muito significativa, porque na zona da UEMOA o Senegal é um país estratégico em termos de importação para Guiné-Bissau.
Disse que parte desta importação são produtos que vêm de alguns países europeus com destino para Bissau, mas que passam pelo Senegal e que outra parte são produtos produzidos no Senegal.
Instado a identificar os produtos que vêm do Senegal, indicou a grande quantidade de cebolas e outros produtos que chegam ao país, através do Senegal. E, da parte guineense apontou a grande quantidade de mangas, batata doce, óleo de palma, limão e produtos florestais, tais como foroba, fole, calabaceira entre outros produtos que vão para o Senegal.
Lassana Fati disse que os dois países têm uma relação histórica em termos de trocas comerciais, que ganha, cada vez mais, contornos importantes para os dois países.
Por essa razão Fati considerou de positivas as trocas comerciais entre Guiné-Bissau e Senegal, apesar da existência de algumas situações junto da linha fronteiriça,tais como pagamentos ilícitos de que os cidadãos guineenses são sujeitos, mas que não estão contemplados em nenhum protocolo de acordo, tanto da UEMOA assim como da CEDEAO.
O Director-geral do Comércio Externo da Guiné-Bissau anunciou nesta entrevista a ANG a assinatura, brevemente, de um acordo comercial tripartida, entre os três países: Guiné-Bissau, Gâmbia e senegal.
O acordo, conforme Lassana Fati, foi negociada em Dakar e vai ser assinado pelos ministros de Comércio dos respectivos países.
O referido acordo, diz Lassana Fati, visa facilitar ainda mais a mobilidade das pessoas, reforçando as transações comerciais entre os três Estados, porque, “verificam-se cobranças não tarifárias ou inexistentes junto das linhas fronteiriças entre os três países”.
Segundo o Director-geral do Comércio Externo, o acordo prevê ainda a eliminação de barreiras, sobretudo as cobranças de 1000 francos que se faz nos postos de controlo de cada país.
Lassana Fati disse que, após a assinatura desse acordo, técnicos do Ministério de Comércio e Indústria da Guiné-Bissau vão acompanhar a sua implementação para assegurar a livre circulação de pessoas e bens, principalmente para aqueles que estão implicados directamente nas trocas comerciais.
O Chefe de Estado do Senegal, Bassirou Diomaye Faye efetua, a partir de segunda-feira uma visita oficial de dois dias `Guiné-Bissau, mas deve chegar à Bissau já no domingo(25) ANG/LPG/ÂC//SG