
Visita do Presidente do Senegal/Movimento da Sociedade Civil quer mais empenho do Governo para aumento de trocas comerciais com Senegal

(ANG) – O Presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento(MNSCPDD), sugere que o governo deve aproveitar a oportunidade, no quadro de cooperação com o Senegal, para aumentar o volume de trocas comerciais e o investimento privado no país.
Fodé Caramba Sanhá que falava hoje em declarações exclusivas à ANG, sobre o estado da cooperação entre Senegal e Guiné Bissau.
O Presidente do Senegal, Bassirou Dioumaye Faye deve iniciar segunda-feira uma visita oficial de dois dias à Guiné-Bissau.
Fodé Sanhá acrescentou que, no acordo, o Executivo deve proteger os interesses nacionais, estabelecendo políticas de investimento para os estrangeiros que exercem atividades comerciais no país.
Referindo-se a cooperação entre a Guiné-Bissau e Senegal, Fodé Caramba Sanhá destacou a criação da Agência de Gestão e Cooperação entre Guiné-Bissau e Senegal e a instalação de Representação Diplomática nos dois Estados.
“A Guiné-Bissau e Senegal são dois países vizinhos, divididos por duas fronteiras terrestres, a norte e a leste, mantendo relações de amizade privilegiadas, ou seja, são dois países ligados pela geografia, laços históricos e culturais seculares”, disse.
Afirmou que, a visita do Presidente Senegalês Bassirou Diomaye Faye ao país justifica-se, tendo em conta o papel que o seu homólogo guineense desempenhou para alcançar o recente acordo com os independentistas de Casamansa.
Em relação a integração da comunidade senegalês na Guiné Bissau, disse ser uma das comunidades mais pacíficas, que não constitui uma ameaça a segurança pública e nem tão pouco se identificam com os problemas internos do país.
Contudo, Carambá Sanhá criticou a falta de investimento dos operadores económicos senegaleses no país, situação que diz dever merecer a atenção das autoridades nacionais .
“Penso num país onde ganhas lucros na sequência de atividade comercial deve fazer investimento local, mas os cidadãos senegaleses não investem na Guiné-Bissau, transferem todos os seus rendimentos para o Senegal”, afirmou Fodé Sanhá, sugerindo que o Governo trbalhasse na politica de investimento para inverter essa tendência.
Aquele responsável disse que a Guiné-Bissau deve melhorar a proteção do interesse dos seus cidadãos, acrescentando que o país ,as vezes, abre-se muito e a proteção do interesse nacional acaba por ser esquecida .
A titulo de exemplo, Fodé Caramba Sanhá frisou que no domínio pesqueiro, os pescadores vendem o pescado aos estrangeiros e estes levam tudo para os seus respectivos países e o mercado nacional acaba por ficar sem peixe.
O Presidente do Movimento da Sociedade Civil, aproveitou para falar do sector do emprego no sector bancário, para criticar que é ocupado, maioritariamente, por cidadãos estrangeiros, por causa do sistema linguística que os bancos adotam.
“A língua de trabalho nos bancos comerciais no país é francesa, enquanto que a nossa língua oficial é o portuguesa”, criticou
Sanhá defende a mudança de política linguística de trabalho para que os jovens guineenses tenham oportunidades de ter acesso ao mercado de emprego, ou seja, quer estabelecimento de princípios de obrigatoriedade do uso de língua portuguesa, em todos os sistemas públicos e privados que funcionam no país.
sublinhou que o objectivo comum continua a ser de uma maior aproximação entre os países e os governos e promoção de parceria franca e frutífera para desenvolvimento social dos dois países.
ANG/LPG/ÂC//SG