Eleições Gerais/Domingos Simões Pereira apela à mudança e fala em intimidações no dia de voto
(ANG) – O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), Domingos Simões Pereira (DSP), que apoia a candidatura de Fernando Dias da Costa, disse que 23 de Novembro representa uma oportunidade para mudar tudo e escolher um novo rumo para garantir a paz, estabilidade e um governo capaz de colocar os guineenses no centro das prioridades.
Simões Pereira falava após exercer o seu direito cívico, e destacou que o ato de votar é um momento muito especial nos processos eleitorais.
O dirigente político apelou aos eleitores para decidirem o futuro do país para os próximos cinco anos, referindo que os últimos cinco anos foram marcados por uma avaliação “extraordinariamente grave”, tanto em matéria de prioridades nacionais como no atendimento das principais preocupações dos cidadãos.
Simões Pereira disse estar a acompanhar o processo eleitoral com preocupação acentuada, referindo que desde a noite anterior têm surgido informações sobre tentativas de intimidação e raptos e que o deputado Victor Mandinga teria sido detido por um indivíduo identificado como Bodjam, alegadamente filho do ministro do Interior, sem que fossem apresentadas justificações claras.
De acordo com Simões Pereira, Bodjam teria abordado a viatura do deputado e ordenado que o acompanhasse até uma Esquadra Policial, frisando que até ao momento em que votou, o deputado continuava detido.
Acrescentou que as estruturas locais já foram instruídas para exigir a libertação imediata do parlamentar, sob pena de denunciarem uma tentativa de condicionar o acesso às urnas.
Para o líder da coligação PAI-Terra Ranka, excluída das eleições pelo Supremo Tribunal de Justiça, situações desta natureza mancham o processo eleitoral.
Simões Pereira acusou o ex-Presidente da República de estar afastado dos princípios fundamentais da democracia e de tentar, até ao último momento, influenciar a escolha popular.
O presidente do PAIGC apelou à serenidade e responsabilidade dos eleitores, pedindo que o processo decorra de forma pacífica e diz que a escolha do povo guineense deve ser plenamente respeitada. ANG/MI/ÂC//SG