Turismo/Péssimas condições da estrada “ensombram” destino turístico da vila de Bruce, em Bubaque
(ANG) – As péssimas condições da estrada que liga o setor de Bubaque à povoação de Bruce, no Arquipélago dos Bijagós, uma distância de 18 quilómetros, ensombram o destino turístico daquela localidade.
A principal “estrada branca”, feita com conchas(combés), atualmente em avançado estado de degradação e com muitos buracos, foi mandado construir pelo primeiro Presidente da Guiné-Bissau, Luís Severino de Almeida Cabral, para quem Bruce era a localidade ideal para se passar um fim de semana,nos primeiros anos da independência do país,
Em declarações à ANG, o Régulo de Bruce,
Arsene Barbosa disse que desde o golpe de Estado que derrubou o Presidente Luís Cabral à 14 de Novembro de 1980, é que aquela localidade foi votada ao esquecimento e que a referida estrada nunca foi reabilitada.
Mesmo assim, os turistas continuam a frequentar a vila de Bruce, viajando em moto-carros ou em motorizadas, com o objetivo de conhecer a Praia de Bruce, tida como o mais afamado areal de Bubaque e um dos mais frequentados dos Bijagós.
Arsene Barbosa disse que, com todas as dificuldades com que a vila se depara, as suas praias continuam a ser as mais procuradas pelos turísticas que viajam para o Arquipélagos de Bijagós, oriundos dos Estados Unidos, Europa e Ásia.
Aquele chefe tradicional informou que a povoação de Bruce tem actualmente uma escola que leciona do 1º ao 6º ano e que não dispõe de nenhum Centro de Saúde, para uma população de cerca de 500 habitantes.
Numa viagem efectuada, este fim de semana a povoação de Bruce, no sector de Bubaque, o repórter da ANG visitou o Hotel “Dakosta Eco Retreat”, um empreendimento turístico com mais de 30 quartos, com praia de areia branca, com água tépida e ginásio.
No local o repórter da ANG registou as presenças de alguns turististas , entre eles a jornalista português, Fúlvia Almeida Baião, que diz ser a primeira vez que goza dias de descanso em Bruce.
“Fui parar ali, porque alguns amigos meus me falaram do proprietário do empreendimento o Adelino Da Kosta, da sua vida e o conceito do Hotel e o espaço que é magnifico para o retiro, e logo comecei a pesquisá-lo nas redes sociais, nomeadamente no Instagram e achei tudo super-bonito, as fotografias e vídeos e acabei por vir, e, porque tinha na cabeça que tinha mesmo que estar aqui, e agora gostei de tudo”, disse Fúlvia .
A jornalista salientou que, pelo o que viu durane os dois
dias de estada, “tudo é impecável”.
“Cheguei na sexta-feira e gostei logo. durante o percurso entre o Bubaque e o Hotel e depois quando vi a placa dizer Dakosta, notei logo que vou entrar num paraíso e foi mesma essa sensação que tive quando vi as casinhas típicas guineenses e fui recebida e bem tratada por uma equipa super-boa”, disse.
O repórter da ANG, falou igualmente com três turistas Afro-Americanas, nomeadamente o Siphiwe Baleka, que diz ser da etnia Balanta, segundo resultados de exames de ADN feitos, a Felícia Brewuington, que igualmente afirma ser “Americana-Balanta”, Stephanie Gaule que afirma ser “Americana-Fula”.
As três foram unânimes em afirmar que gostam do sítio mas que o maior estrangulamento tem a ver com a degradação das estradas. Mas dizem que, apesar disso, prometem voltar mais vezes.ANG/ÂC//SG