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/Frente Popular anuncia  realização de uma marcha pacífica para reivindicar a subida de preços de produtos de primeira necessidade

/Frente Popular anuncia  realização de uma marcha pacífica para reivindicar a subida de preços de produtos de primeira necessidade

(ANG) – A Frente Popular(FP), uma nova organização da  sociedade civil, anunciou no fim de semana  a realização de uma marcha pacífica para reivindicar a subida dos preço de produtos da primeira necessidade.

Em declarações à imprensa, o Coordenador da Frente Popular, Armando Lona, garantiu que a   marcha agendada para o dia 18 do mês em curso será uma realidade, porque a população não aguenta mais viver com fome, com um saco de arroz de 50 Kg a custar até 27 mil francos CFA.

O Governo anunciou recentemente novos aumentos de arroz, alimento base da população guineense, depois de se abdicar das subvenções que o anterior Executivo fazia para se manter a compra desse produto alimentar ao preço mais baixo- 17mil francos/saco de 50 quilogramas

Informou  que o outro objetivo da marcha tem a ver com  o bloqueio das instituições, nomeadamente o Supremo Tribunal de Justiça, a Assembleia Nacional Popular e  outras.

Armando Lona disse que todas as entidades competentes, nomeadamente o Ministério do Interior e da Ordem Pública já têm conhecimento da realização da marcha pacífica, e sustenta que a reivindição é  um dos direitos consagrados na Constituição da República  da Guiné-Bissau.

Apela à população guineense, em particular a da diáspora, a juntar-se a esta iniciativa para se posicionar contra a atuação do atual regime e dizer  basta à situação em que o país se encontra.

O ativista cívico criticou que o país está a viver uma situação de “colapso”, tanto no sistema  do ensino, quanto na saúde e aponta como exemplo, o facto de a Guiné-Bissau ser  um dos países com a maior taxa de evacuação sanitária.

Questionado sobre a proibição de  manifestações, reuniões e comícios populares determinada por um despacho do Ministério do Interior e da Ordem Pública em vigor em todo o território nacional, o ativista disse não ter conhecimento de nenhum documento e diz que  a organização que representa não tem nenhum compromisso com nenhum despacho, mas sim com a Constituição da República.

Armando Lona  disse que o medo não deve paralisar ninguém, mas sim servir de guia para afastar todas as instituições públicas de  todos os traidores da pátria

Por sua vez, outro ativista da Frente Popular, Fernando Fonseca, referiu que o país está a viver momentos que interpelam  toda a população a questionar os governantes sobre o atual contexto que forçou o país a viver uma experiência absolutista com a supressão da liberdade e de garantias fundamentais da dignidade humana.

Fonseca acrescenta que  o  momento chama a atenção de toda a sociedade no sentido de  lutar contra a doença,  fome e  ignorância, que diz serem  fatores que levaram a população a se corromper, mas sublinha que  qualquer silêncio será considerado cúmplicidade. ANG/JD/ÂC//SG

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