Rússia/BRICS trabalham para comércio em moedas nacionais
(ANG)– O grupo de países de mercado emergente BRICS está a trabalhar activamente para desenvolver uma plataforma de liquidação em moedas nacionais durante o comércio mútuo, afirmou hoje, em Nizhny Novgorod, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Na abertura da reunião a porta fechada do Conselho de Ministros dos membros do bloco (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irão), o ministro confirmou a tomada de medidas concretas para melhorar os mecanismos financeiros.
“Está em curso um trabalho activo para implementar as decisões da Cimeira de Joanesburgo em 2023, em particular em termos de melhoria do sistema monetário e financeiro internacional e de desenvolvimento de uma plataforma para liquidações em moedas nacionais no comércio mútuo”, disse.
Lavrov, segundo noticia a Prensa Latina, também detalhou que, de acordo com as instruções dos líderes emitidas na África do Sul, os ministros dos Negócios Estrangeiros prestam especial atenção ao acordo sobre as modalidades para estabelecer a categoria de Estados Parceiros da associação.
Da mesma forma, acrescentou que estão a desenvolver iniciativas chave para a Rússia, país presidente pró-tempo em 2024, como é o caso do sector dos transportes, na criação de vários grupos de trabalho sobre clima e desenvolvimento sustentável, medicina nuclear e a associação médica.
Neste sentido, afirmou estar convencido de que os Brics avançam impulsionados pelo vento da mudança, porque o seu papel na resolução dos problemas globais só aumentará.
Isto é confirmado pelo aumento constante do número de países que demonstram interesse genuíno em aderir ao trabalho da associação, destacou Lavrov, ao mesmo tempo que prevê debates produtivos na sessão ampliada do Conselho a ser realizada com a participação de 20 países com ideias semelhantes aos actuais membros do bloco.
Os BRICS, inicialmente compostos por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, são uma aliança de mercados emergentes e países em desenvolvimento, fundada em laços de amizade, solidariedade e interesses comuns.
Após a incorporação da Arábia Saudita, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irão a partir de 1 de Janeiro de 2024, o bloco conta agora com 10 Estados-membros, que representam quase metade da população mundial, mais de 40 por cento do petróleo bruto global. ANG/Angop