Abuja/CEDEAO procura dialogar com países golpistas e reintegrá-los na comunidade
(ANG) – Os chefes de estado da CEDEAO, reunidos em Abuja, decidiram não aplicar sanções aos Estados do Sahel e designaram o chefe de Estado do Senegal para dialogar com os países que, após golpes de Estado, deixaram a organização regional.
A Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, que decorreu, este domingo, 07 de Julho em Abuja, na Nigéria, analisou a situação do Mali, do Níger e do Burkina Faso, países governados por militares, que após golpes de estado se uniram e criaram a Confederação dos Estados do Sahel.
O ministro cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros, Rui Figueiredo Soares que representou Cabo Verde na 65ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO avançou à imprensa que o Presidente do Senegal foi designado pela comunidade para fazer diligências junto do Mali, do Níger e do Burkina Faso, para que esses países possam reverter a decisão de abandonar a CEDEAO.
“A Conferência de Chefes de Estado e de Governo debruçou-se sobre a questão destes países, que constituíram a Aliança dos Estados do Sahel e que declararam deixar a CEDEAO e não foram aplicar as sanções, mas sim revista a situação e foi designado o Presidente do Senegal para fazer diligências junto destes países e ver se podem reverter a sua decisão de abandonar a CEDEAO.
A questão da integridade da CEDEAO, da união, da solidariedade no meio desta nossa organização foi uma questão que esteve na ordem do dia e todos mostraram a necessidade de mantermos a nossa unidade” afirmou o ministro cabo-verdiano dos negócios estrangeiros, cooperação e integração regional Rui Figueiredo Soares que falava à imprensa cabo-verdiana em Abuja.
Rui Figueiredo Soares disse ainda que durante a 65ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO o país reafirmou a sua disponibilidade de resolver a taxa comunitária.ANG/RFI