
”As manifestações vão continuar enquanto o país continuar sem saúde e educação”, diz líder da Frente Popular

(ANG) – O líder da Frente Popular disse que vão prosseguir com as manifestações enquanto o país continuar a ter um estado de saúde doente, uma educação precária, a fome que ceifa vidas humanas e estradas degradadas.
Armando Lona falava no fim de semana, em conferência de imprensa sobre a realização de mais uma marcha de protesto pela Frente Popular – novo movimento da socedade civil, prevista para 27 de Julho, em todo o território nacional.
Lona disse que a Frente Popular é uma organização dos guineenses que têm a consciência de que o país vai mal e se levantaram para lutar para o bem-estar da população.
“Estamos aqui para deixar a nossa voz de inconformismo e com a esperança de lutar pela nossa terra. O guineense é um povo bravo que marcou a história da humanidade que até hoje é ensinado em diferentes academias de diferentes partes do mundo. É o mesmo guineense que está aqui a reclamar que quer a Guiné-Bissau de volta para marcar a África e o mundo”, disse.
O líder da Frente Popular apontou como alerta de que a Guiné-Bissau vai mal as greves em curso nos setores sensíveis , nomeadamente, na saúde e educação, e diz que cada vez que um hospital entra em greve, em cinco minutos perdem-se muitas vidas humanas.
Sustentou que a função de um Estado é garantir segurança e bem estar das populações, que diz não existirem na Guiné-Bissau, e que dados que existem são inquietantes.
Armando Lona disse que mais de 300 mil guineenses não garantem o almoço nas suas casas, e que em cada mil crianças que nascem nos hospitais ou fora cerca de 51 morrem, e que 700 mulheres morrem em cada 100 mil no momento de parto.
“Enquanto cidadãos deste país não podemos ficar calados perante esta situação. A Frente Popular se levantou com o propósito de lutar para que a Guiné-Bissau seja um país organizado, quer pelos seus filhos assim como por cidadãos de outros países que escolheram o país como segunda pátria”, disse.
Lona diz que não se insurgiram contra ningém em particular mas sim contra o “Regime que mantém o povo na escravatura”.
Alega que, o que a Frente Popular está a fazer é um exercício de cidadania, prevista na Constituição da República, artigo 51 –Liberdade Manifestação.
Declarou que a detenção que sofreram na marcha passada não afetou as suas determinações de lutar pelo país, porque “a Guíné-Bissau está acima de todos”.
Armando Lona afirmou que a diversidade cultural é a riqueza da nação, guineense, pelo que todos são bem-vindo nessa luta pacífica pela Guiné-Bissau.
ANG/MI/ÂC//SG