Cabo Verde/Fundação elege 20 de Janeiro como data que marca início das celebrações do centenário de Cabral
(ANG) – A Fundação Amílcar Cabral decidiu dar início às celebrações do centenário do nascimento de Cabral a 20 de Janeiro, data dedicada aos heróis nacionais e que relembra a morte deste que é considerado um dos maiores líderes africanos.
Em conferência de imprensa para apresentar o roteiro das comemorações do centenário de Cabral, o presidente da Fundação Amílcar Cabral, Pedro Pires, considerou que a celebração deve ser apropriada pelos cidadãos cabo-verdianos no seu todo.
Avançou que as atividades iniciam-se a partir de 20 de Janeiro, Dia Dos Heróis Nacionais, na Cidade da Praia, além de realçar um elevado número de iniciativas dentro do nosso País, e no exterior, nomeadamente em países da Europa, Estados Unidos da América e demais países da África.
Assim, no dia 20 de Janeiro, em colaboração com a Câmara Municipal da Praia, serão feitas algumas atividades, como a já tradicional deposição de coroa de flores no Memorial Amílcar Cabral, às 09:00.
Da programação destaca-se ainda a realização da Marcha Cabral, a partir das 09:30, da Avenida Cidade de Lisboa em direção ao mesmo local, onde a ocasião será aproveitada para uma cerimónia pública comemorativa do centenário de Amílcar Cabral presidida pelo Presidente da República, José Maria Neves.
Seguem-se depois momentos de música e poesia e, às 20:00, o dia será encerrado com a apresentação de uma peça teatral “A última Lua do Homem Grande” da Companhia de Teatro Sikinada em parceria com a “Teatro Art`Imagem de Portugal”.
Para o presidente desta Fundação celebrar o centenário de Amílcar Cabral é um dever de memória, pois, conforme afirmou, ninguém nem individualmente nem coletivamente vive ou continua a viver sem a memória do seu passado.
Segundo assegurou, é por esse dever de memória que a Fundação tem feito o seu melhor para que o centenário seja um sucesso, tendo em conta que esta comemoração é o maior desafio que a Fundação Amílcar Cabral tem pela frente por exigir muito trabalho.
“A Fundação vê a celebração não como um ato isolado, mas sim o somatório de muitas iniciativas internas e externas. Como exemplo, podemos apresentar a colaboração da Fundação com a Comissão de celebração do cinquentenário do 25 de Abril e a participação da Fundação na celebração de 01 de Maio deste ano, também o cinquentenário do encerramento do campo de concentração do Tarrafal este ano”, assinalou.
No âmbito da internacionalização, Pedro Pires sublinhou a realização de um simpósio Amílcar Cabral em Luanda, assim como um simpósio internacional no dia 20 de Janeiro na Guiné-Bissau.
O presidente da Fundação Amílcar Cabral pediu a participação e colaboração dos praienses em particular, mas também de pessoas da ilha de Santiago, para participarem na Marcha Cabral assim como na cerimónia que terá lugar no Memorial Amílcar Cabral.
“Do nosso ponto de vista teria interesse se colocássemos Amílcar Cabral, a sua obra, o seu pensamento no quadro das atividades histórico-culturais que têm lugar no nosso País, e na Cidade da Praia”, afirmou indicando ainda como o ato central a realização em Setembro, o mês de Centenário, de um colóquio internacional, entretanto, sem ainda avançar data.
Sobre o encontro desta segunda-feira com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva para apresentação do roteiro, assegurou que foi promissor aproveitando para pedir união à volta das grandes questões e capacidade de se saber diferenciar as grandes coisas das pequenas em benefício do País.
ANG/Inforpress