Caso 01 de Dezembro/LGDH repudia uso da força e exorta a abertura de um inquérito transparente
(ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos diz em comunicado que repudia o uso da força como instrumento de resolução de diferendos e exorta a abertura de um inquérito transparente, com vista ao esclarecimento cabal dos acontecimentos de 30 de Novembro e 1 de Dezembro de 2023.
A organização que defende os direitos humanos no país exorta às autoridades nacionais a criação de condições de segurança à todos os titulares de órgãos de soberania, responséveis politicos e cidadãos.
Em comunicado, apela a observancia das regras mínimas de tratamento dos detidos,incluindo a assistência médica e medicamentosa aos feridos, e lamenta as perdas de vidas humanas.
A organização dos direitos humanos lança apelo a todos os atores nacionais,no sentido de preservarem a paz e tranquilidade no país, evitando assim comportamentos susceptiveis de comprometer a estabilidade governativa e coesão nacional.
“ As informações disponíveis apontam que,pelo menos,houve dois mortos nos confrontos armados que sacudiram a cidade de Bissau na sexta-feira, 01 de Dezembro, em consequência dos combates entre os agentes da Guarda Nacional e os elementos da Baltalhião do Paçáico presiencial reforçado pelo exército guineense”, lê-se no comunicado da Liga.
Tudo aconteceu depois da Brigada de intervenção Rádipa da Guarda Nacional ter retirado das celas da Policia Judiciária, em Bissau, o Ministro da Economia e Finanças Suleimane Seidi e o Secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro,ambos em cumprimento de prisão preventiva, no âmbito do processo de pagamento de cerca de 6 mil milhões de fcfa à empresas privadas por alegadas prestaçºoes de serviços ao Estado.
A referida operação financeira envolve um dos bancos comercias do país e 11 empresas privadas. ANG/LPG//SG