Caso 01 de Fevereiro/Tribunal Militar Superior pede transferência dos detidos para Força Aérea Nacional
(ANG) – O Tribunal Militar Superior solicitou a transferência dos detidos no caso da suposta tentativa de golpe de Estado de 01 de Fevereiro de 2022 para as instalações da Força Aérea Nacional.
A informação consta na carta que o Gabinete do Presidente de Tribunal Militar Superior enviou à ministra de Interior, Adiatu Djaló Nandigna esta terça-feira, à que a ANG teve acesso hoje.
A solicitação visa manter os detidos em melhores condições prisionais e de segurança, refere a carta.
“Por motivos de segurança e melhoria das condições prisionais, o Tribunal Militar entendeu por bem solicitar a transferência dos reclusos do “caso 1 de Fevereiro de 2022” que se encontram nas celas da 2ª Esquadra da Polícia de Ordem Pública (POP), para as da Força Aérea Nacional”, lê-se no documento
O advogado dos detidos, Marcelino N’Tupe, voltou a pedir ,recentemente, a libertação dos seus constituintes com alegações de que o tempo limite de detenção preventiva, determinado por lei, já se expirou há muito tempo.
Marcelino N’Tupe, que representa 23 dos 37 detidos, defende que as novas autoridades governamentais têm de ordenar a “libertação imediata” de todos os detidos, de acordo com a anterior decisão judicial.
“Nós não temos nenhuma movimentação jurídica para fazer. O que está aqui é a libertação imediata das pessoas detidas. Há uma decisão do Tribunal e essa decisão tem que ser cumprida, imediatamente”, diz N´Tupe.
O advogado de José Américo Bubo Na Tchuto, antigo Chefe de Estado Maior da Armada, e Júlio Nhaté, ex-Comandante do Para-comando e Chefe de Quadros do Estado-maior General das Forças Armadas, e outras dezenas de oficiais e civis atrás das grades, espera das novas autoridades governamentais medidas conducentes a soltura dos detidos.”As novas autoridades foram eleitas para governar e isso significa resolver os problemas do povo. Ora se governar incide sobre o interesse do povo, acho que o novo Governo deve dar prioridade para a libertação dessas pessoas, sob pena de não estar a governar”, conclui Marcelino Ntupé.ANG/AALS/ÂC/SG