24 de Setembro/”As comemorações do evento em Boé significa voltar à própria origem”, diz Presidente da Comissão Técnica Comemorativa
(ANG) – O Presidente da Comissão Técnica Comemorativa dos 50 anos da indepedência disse que a celebração do evento em Madina Boé visa conhecer o país real e voltar à própria origem.
Emanuel Ibrayn Correia Gomes Fernandes falava em conferência de imprensa alusiva a organização da comemoração dos 50 anos da independência da Guiné-Bissau, cujo ato será realizado em Boé, Leste do país, concretamente em Lugadjol, onde foi proclamado, no dia 24 de Setembro de 1973, a independência nacional.
Disse que, neste quadro e com anuência de todos os deputados foi decidido que a cerimónia deve ser feita em Boé, não só para render justa e merecida homenagem aos combatentes, mas também para viver, na pele, a real situação que os populares daquela localidade estão a enfrentar.
Aquele responsável explica que vão fazer duas sessões, e que a primeira vai ser uma encenação de jovens, ou seja uma atividade recriativa que demonstra como a independência foi proclamada, porque, segundo diz, os que lutaram para a libertação do país eram jovens pelo que a configuração do parlamento vai ser composta por jovens de partidos políticos.
Acrescentou que são esses jovens que vão fazer o papel das pessoas que proclamaram a independência, nomeadamente João Bernardo Vieira (Nino), Francisco Mendes (Tchico Té), Luís Cabral e outros.
Emanuel Fernandes defendeu que é importante saber o que aconteceu no dia 24 de Setembro de 1973, porque os sobreviventes são agora poucos e grande número da população guineense não sabe o que aconteceu para a independência.
“Se começarmos com isto em Boé significa que vai ter várias deslocações dos deputados à diferentes regiões do país ,para fazer sessões e revivermos o dicurso do Presidente da ANP, que falou da Assembleia deslocada.É preciso conhecer o país real para poder saber que políticas a definir”, disse.
No âmbito das comemorações do Dia da Independência vão ser distinguidas algumas personalidades já identificadas, entre as quais os sobreviventes da guerra da independência que vieram de Cabo Verde.
Emanuel Fernandes disse que, Independentemente das atividades que vão ser realidades em Boé, vão ter lugar duas atividades em Bissau, uma na Faculdade de Direito, entidade que se associou a Assembleia Nacional Popular para falar da constituicionalidade guineense – o caminho que a Constituição percorreu até a data presente, e que a Liga Guineense dos Direitos humanos vai realizar outro evento.
“Esta associação é como um consórcio grande, porque está-se a falar dos 50 anos da independência e não 50 dias, pelo que é preciso que todos se convergem a volta disso para que se possa comemorar um 24 de Setembro como deve ser”, disse Fernandes. ANG/MI//SG