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UEMOA/Ministro da Economia destaca crescimento de 5,75 por cento alcançado pela organização entre 2012/ 2022

UEMOA/Ministro da Economia destaca crescimento de 5,75 por cento alcançado pela organização entre 2012/ 2022

(ANG) – O  ministro da Economia, Plano e Integração Regioanl destacou o crescimento de 5,75 por cento alcançado pelos Estados membros da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA)  entre  2012-2022.

Soares Sambu falava hoje na abertura dos trabalhos da Conferência alusiva as celebrações dos 30 anos da existência da  UEMOA, sob o lema: “30 anos de Experiência de Integração Resiliente Face a Choques externos”.

O governante disse  que a inflação quase estabilizou em torno dos três por cento, fazendo da UEMOA uma oraganização das zonas económicas mais resilientes face as causas externas.

No encontro, os participantes vão analisar as conquistas e debater as perspectivas da organização.

Sambú acrescentou que a UEMOA foi criada  com o objetivo essencial de construir, na África Ocidental, um espaço económico harmonizado e integrado, dentro do qual é assegurado a total liberdade de circulação de pessoas, de capitais, de bens,  serviços e dos fatores de produção, bem como o efetivo gozo do direito de exercício e de estabelecimento de profissões liberais e de residência aos cidadãos, em todo o território comunitário, cuja população hoje ultrapassa os 142 milhões de habitantes.

“O caminho assim escolhido insere-se num processo lento e irreversível, com o envolvimento e apoio cada vez mais forte das populações”, afirmou.

Ao criar a UEMOA, prosseguiu Soares Sambú,   os Chefes de Estado e de Governo comprometeram-se, com  determinação, a fazer do  espaço um mercado comum, baseado na solidariedade ativa reforçando a complementaridade dos sistemas de produção, para  reduzir as disparidades nos níveis de desenvolvimento entre os Estados-Membros e a interdependência das suas políticas económicas e a necessidade de assegurar a sua convergência.

Disse que, além da integração monetária, a União lançou as bases para a integração económica, com a consolidação da governação económica regional e o desempenho dos Estados Membros na implementação de reformas e políticas comunitárias.

Assim, de acordo com Soares Sambu, parecia ser um sonho distante, dado o contexto em que nasceu a UEMOA, mas que hoje se tornou  uma realidade tangível.

“Atualmente, todos os órgãos e instituições da União trabalham para implementar programas e projetos concretos e visíveis, a fim de garantir o bem-estar das populações”, frisou.

Afirmou que, para além das realizações e conquistas, seria também apropriado olhar para a evolução do mundo e o seu impacto na União, acrescentado que o caminho a seguir será ainda difícil.

Salientou que, isso só se tornará acessível com a colaboração, empatia e confiança de todos, principalmente neste momento. “Somos todos cidadãos da União e devemos utilizar todas as energias positivas para garantir o seu progresso e sustentabilidade”, disse.

Soares Sambu sublinhou que a Conferência constitui o quadro ideal para fazer a avaliação dos 30 anos de existência da UEMOA, para discutir as  realizações e conquistas, bem como as perspetivas da União para os próximos anos.

O Representante da UEMOA no país,  Aly Diadjiry Coulibali distacou a adesão da Guiné-Bissau à organização  em 1997  como  fruto da coragem política pela abertura a uma diversidade de oportunidades, nomeadamente económicas e sociais.

Acrescentou que está iniciativa foi saudada por unanimidade por todos os Estados-membros.

Para Diadjiry Coulibali, a UEMOA não representa apenas três décadas de compromisso, voluntarismo político, reformas e implementação de programas e projetos comunitários em diversas áreas, mas também, e por vezes legítimas, dúvidas, questões e incertezas .

“Juntos, os Estados-Membros conseguiram construir uma União que demonstrou a sua  capacidade para enfrentar as adversidades ambientais, mantendo, quase todos os agregados de convergência económico (inflação, défice orçamental) abaixo do limiar dos padrões comunitários, com crescimento projectado para 2024 de mais de 7 por cento”, disse .

Coulibali  reconheceu a existência de alguns focos de insatisfação e desafios ainda por enfrentar, mas sublinha  que a União pode orgulhar-se do seu passado e da ambição que tem para todos os seus cidadãos nas próximas décadas.

Disse que os avanços significativos observados na governação económica dos Estados-Membros e noutras áreas justificam o tema central do 30º aniversário:

“Hoje, é tempo de fazer um balanço das conquistas da integração (Ativos e Passivos/Dívidas-), de analisar criticamente as ações passadas e sobretudo de refletir sobre as perspetivas para o futuro, esperançosamente, para  benefício das populações do nosso espaço comunitário”, afirmou.

Diarjiry Coulibali disse que a União encontra-se num ponto de viragem decisivo na sua história e deve aproveitar esta oportunidade para se reinventar. “Mais do que nunca, não poderá evitar tal debate. A sua agilidade e capacidade de adaptação aos desafios e questões, bem como às novas restrições ou realidades do seu ambiente serão fortemente solicitadas ou exigidas”, afirmou.ANG/LPG/ÂC//SG

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