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Porta-voz da Coligação PAI Terra Ranka considera que não há condições para a realização de eleições no ano em curso

Porta-voz da Coligação PAI Terra Ranka considera que não há condições para a realização de eleições no ano em curso

(ANG) – O porta voz da Coligação da Plataforma Inclusiva PAI Terra Ranka, Agnelo Augusto Regala, considerou que, neste momento, não há condições para a realização de eleições legislativas este ano.

Em entrevista esta terça-feira à DW-África sobre a marcação da data das eleições legislativas antecipadas para novembro deste ano pelo Umaro Sissoco Embaló, o porta voz afirmou que alguns dos principais partidos políticos guineenses reitera que o chefe de Estado deveria marcar eleições presidenciais em novembro e não legislativas.

Lembrou que a  Coligação PAI – Terra Ranka, vencedora das últimas eleições, o Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) e a Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) estão contra a decisão de Sissoco Embaló.

AgneloRegala mostrou que a Coligação PAI – Terra Ranka deixou bem claro de que, o que querem é, em primeiro lugar, a reposição e abertura em pleno da Assembleia Nacional Popular, para que possa eleger uma nova Comissão Nacional de Eleições, que está absolutamente caduca.

“Exigimos ainda as eleições no Supremo Tribunal de Justiça, pois o órgão está completamente ilegal com um “presidente” e um “vice-presidente” nomeados, apesar de serem cargos eletivos.

Portanto, prosseguiu Agnelo Regala, nestas circunstâncias não vêm como pode haver eleições, frisando que,  nem presidenciais é possível, quanto mais legislativas.

“Mesmo nós que estamos a exigir eleições presidenciais temos de ir em conformidade com as leis em vigor no país, e isso implica que, de facto, a Constituição seja respeitada e a ordem constitucional seja reposta, para que haja transparência no processo eleitoral”, sublinhou.

Questionado sobre a possível contestação da  caducidade da CNE e o Governo da Iniciativa Presidencial e do mesmo  Supremo Tribunal de Justiça para realizar as eleiçõees, o político questionou por onde ir contestar.

“A ter de haver contestação, seria num Supremo Tribunal de Justiça com pés e cabeça, e não nesta confusão que foi criada pelo próprio Presidente Sissoco. Vamos aguardar e ver até onde isto vai”, salientou.

Disse que, é um imbróglio em que o Presidente eleito colocou o país, acrescentando que, na verdade, o país estava a funcionar em toda a sua normalidade constitucional e foi ele que violou flagrantemente a Constituição. Ele é que provocou toda esta situação.

Reclamou que, como é possível que o Supremo Tribunal tenha sido assaltado e sequestrado? e o seu presidente e vice-presidente sejam nomeados em vez de ser eleitos, cumprindo exclusivamente as ordens e as orientações do Presidente? Como é que ele diz que dissolveu o Parlamento e não marca as eleições legislativas em conformidade com a Constituição?.ANG/JD/ÂC

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