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Agricultura/”A 1ª Semana de Manga vai permitir que os atores do sector compreendam melhor os desafios da fileira”, diz Rui Duarte Barros

Agricultura/”A 1ª Semana de Manga vai permitir que os atores do sector compreendam melhor os desafios da fileira”, diz Rui Duarte Barros

(ANG) –  O Primeiro-ministro(PM) disse hoje que a realização da Pimeira Semana de Manga no país irá permitir os atores do setor estarem melhor preparados para compreender os desafios  relacionados com a cadeia de valor da manga e apontar caminhos para o seu desenvolvimento integrado que permita  ganhos para a população.

Rui Duarte Barros  presidia a abertura da 1ª Semana da Manga na Guiné-Bissau que decorre sob o lema, “Potenciais Desafios para o Desnvolvimento da Cadeia de valor de Referência na Guiné-Bissau” , de  03 à 05 do corrente, em Bissau.

O evento visa debater e encontrar soluções que promovam a produção, transformação da manga e outras cadeias de valor estratégicas, e conta com o financiamento da União Europeia.

Para o PM trata-se de um evento que se reveste de capital importância pelo simbolismo que aporta para desenvolvimento industrial no país, em particular, da cadeia de valor com elevado potencial económico como é o caso da  manga.

Disse que, a Guiné-Bissau é desde sempre um territótio agrícola por excelência, a realidade que encerra inúmeras oportunidades e potencialidades que podem e devem ser explorados, numa perspetiva integrada, com particular incedência nas chamadas cadeia de valor agrícola de referência.

“O fundador de nacionalidade guineense e caboverdiana, Amílcar Lopes Cabral num dos seus artigos técnicos, afirma que o povo da Guiné-Bissau são agricultores e que dessa realidade víve a Guiné-Bissau, dos trabalhos de aqueles que secular e socialmente anónimos com a base de tradição e no conhecimento empírico do meio, cultivam a terra, pelo que são elementos essenciais da económia do país”, disse.

O chefe do Governo sublinhou que as cadeias de valores agropecuários de referência, das quais incluem a castanha de caju, o arroz, a manga e também as pescas, foram e continuam a ser o pilar da economia guineense, com impato determinante na geração de postos de trabalho, no crescimento da economia, no equilibrio de balança de pagamentos de centenas de famílias despersas no meio rural.

Referiu que a  Guiné-Bissau produz anualmente cerca de 65 mil toneladas de mangas, sendo que perde 70 por cento  por razôes diversas:  praga de mosca de fruta,  ausência de uma infraestrutura de frio de suporte deceminada ou pela necessidade de promover uma larga escala de práticas de agregação de valor de manga e derivadas.

Essas dificuldades, diz Rui Barros,  associadas à outros desafios estruturais, têm vindo a continuar a condicionar o desenvolvimento desta cadeia de valor agrícola chave para Guiné-Bissau.

O Primeiro-ministro disse que a manga constitui uma alternativa viável à cadeia de valor de castanha de caju e pode representar um complemento de rendimento significativo de agricultores e outros agentes dessa cadeia de valor.

Rui Duarte Barros se congratulou com a organização da 1ª  Semana de Manga na Guiné-Bissau e diz que  sobressai como um fórum de discussão, identificação, análise e listagem de propostas de soluções para vários desafios  relacionados ao desenvolvimento da cadeia de valor da manga no país.

Por seu turno, o Chefe de Gabinete de ministro de Comércio e da Indústria Mamadjam Djaló salientou que a cadeia da manga sobressai como uma importante fileira que encerra um conjunto de oportunidades para os agricultores guineenses, atendendo a sua importância crescente no mercado internacional.

Disse  que, em termos de volume da produção, a manga foi classificada em 2018, como a variedade da fruta tropical predominante no mundo, sendo responsável por mais de metade da produção rural das principais frutas tropicais no mesmo ano, e que em 2019 continuou a ser uma das principais frutas tropicais, sendo uma das três mais comercializadas excluindo as bananas.

“A Guiné-Bissau tem uma produção significativa de manga, essencialmente cultivada sem intervenção humana, dispondo de mais de uma dezena de variedades, incluindo as comercialmente apelativas dentro e fora do país.

Mamadjam Djaló defendeu que o  Governo, o setor privado e as  organizações internacionais devem trabalhar para  superar os desafios existentes, nomeadamente a falta de infraestruturas, o acesso limitado ao financiamento e a capacitação técnica.

Durante três dias serão discutidos a economia circular e cadeias de valor agroalimentares na Guiné-Bissau: “potencialidades e desafios”, a “praga da mosca de fruta e o desafio para aumento da produção primária da manga na Guiné-Bissau” entre outros. ANG/MI/ÂC//SG   

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