Catástrofes naturais/Líder de Taiwan apresenta condolências às vítimas do terramoto na China
(ANG) – A líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, expressou hoje a sua solidariedade para com a China, após um terramoto de magnitude 6,2 ter abalado o noroeste do país, na segunda-feira à noite, deixando pelo menos 118 mortos.
“As minhas sinceras condolências a todos aqueles que perderam entes queridos no recente terramoto no noroeste da China. Rezamos para que todos os afetados recebam a ajuda de que necessitam e esperamos uma rápida recuperação”, disse Tsai, através da rede social X (antigo Twitter).
Tsai acrescentou ainda que Taipé está pronta a oferecer assistência nos esforços de resgate.
O gabinete presidencial de Taiwan disse que Tsai transmitiu a sua “preocupação e condolências” às vítimas do terramoto e pediu aos departamentos relevantes da ilha que mostrassem a sua vontade de ajudar através do envio de equipas de salvamento, num sinal de boa vontade, apesar das tensões militares com Pequim nos últimos meses.
Aquando do terramoto de 2008 que atingiu a província de Sichuan, no centro do país, deixando mais de 90.000 mortos e desaparecidos, a organização não-governamental taiwanesa Fundação Tzu Chi e a Cruz Vermelha de Taiwan ajudaram com donativos de material salva-vidas e equipamento de salvamento, após aprovação do governo chinês.
Estas manifestações de ajuda são comuns em caso de catástrofes naturais, apesar das tensas relações entre o Estreito de Taiwan, embora nem sempre sejam aceites, como em setembro de 1999, quando Taipé recusou a ajuda oferecida pela China após o terramoto que atingiu a ilha e matou 2.415 pessoas.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.
Pelo menos 105 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas no terramoto de magnitude 6,2 ocorrido na segunda-feira à noite na província de Gansu, no noroeste da China, de acordo com a última contagem de vítimas divulgada pelos órgãos oficiais.
Na província de Qinghai, morreram mais 13 pessoas, elevando o número total para 118.
O terramoto ocorreu às 23:59 de segunda-feira e teve o seu epicentro na fronteira entre as províncias de Gansu e Qinghai, a uma profundidade de dez quilómetros, segundo o Centro da Rede Sismológica da China.ANG/Lusa