Select Page

CEDEAO/Mali, Burkina Faso e Níger rejeitam período de transição proposto para “reavaliar” a decisão de saída

CEDEAO/Mali, Burkina Faso e Níger rejeitam período de transição proposto para “reavaliar” a decisão de saída

(ANG) – Mali, Níger e Burkina Faso rejeitam o período de transição dado pela CEDEAO para reconsiderarem o pedido de saída do bloco regional.

A decisão é definitiva, garantem os líderes militares da Aliança dos Estados do Sahel e acusam a Comunidade económica dos Estados de Africa Ocidental de “tentativa de desestabilização” externa.

Cerca de um ano depois de o Mali, o Burkina faso e o Níger terem anunciado, unilateralmente, a saída da Comunidade económica dos Estados da Africa ocidental (Cedeao), a organização tomou nota desta decisão, no domingo 15 de Dezembro.  

Reunidos numa cimeira em Abuja, na Nigéria, os chefes de Estado da Cedeao optaram no entanto por deixar a porta aberta a um eventual regresso dos três países da Aliança dos Estados do Sahel (AES). Os líderes desta organização regional estabeleceram nesse sentido um “período de transição” de seis meses, vigente até ao fim do mês de Julho de 2025. 

Mas o divórcio é definitivo, reafirmaram esta segunda-feira as três juntas militares do Sahel. No comunicado assinado por Assimi Goïta, presidente da transição do Mali, o Mali, o Burkina Faso e o Níger consideram que este período de seis meses que lhes foi atribuído para reconsiderarem a saída da Cedeao não passa de uma “manobra” do governo francês, que designam no comunicado por “junta francesa”, para “destabilizar” os três estados sahelianos.  

Em comunicado, os dirigentes destes três países avançam ainda que as suas respectivas forças de defesa e segurança estão em estado de alerta máximo. 

Os militares no poder Assimi Goïta no Mali, Ibrahim Traoré no Burkina Faso e Abdourahamane Tiani no Níger protagonizaram golpes de Estado entre 2020 e 2023.

Desde então, degradaram-se as relações com a Cedeao, que ameaçou intervir militarmente sem todavia o fazer, mas também com a França, antiga potência colonial, o que se traduziu nomeadamente na expulsão dos últimos contingentes militares franceses nestes territórios. 

A questão que se coloca agora com a saída da Cedeao prende-se com o futuro da livre circulação de mercadorias e a mobilidade dos habitantese trabalhadores na região. ANG/RFI

About The Author

Leave a reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Publicidade

Anúncio – Participe do FGI

Videos Recentes

Loading...

Siga-nos

Dezembro 2024
D S T Q Q S S
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
293031