Celebração do Dia da Independência/MNE português destaca papel da independência da Guiné-Bissau no 25 de Abril
(ANG) – O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, destacou terça-feira, em Bissau, a importância da independência da Guiné-Bissau para o 25 de Abril e a liberdade em Portugal.
O governante português iniciou na terça-feira, uma visita de três dias à Guiné-Bissau, que culminará, na quinta-feira, com a participação nas comemorações dos 50 anos da independência da antiga colónia portuguesa, que contará também com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa.
A presença do Presidente e do primeiro-ministro portugueses foi confirmada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros que disse na terça-.feira, que Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa chegam na quarta-feira a Bissau.
João Gomes Cravinho manteve terça-feira, entre encontros com o seu homólogo, o Presidente da República e o primeiro-ministro guineenses salientou, em declarações aos jornalistas, a importância de relembrar que a declaração unilateral de independência da Guiné-Bissau, durante um período da guerra colonial, “foi um fator muitíssimo importante” no 25 de Abril, em Portugal.
“Quando celebramos precisamente a independência da Guiné-Bissau, quando nos preparamos para celebrar, em 2024, os 50 anos do 25 do Abril e, em 2025, os 50 anos da independência de Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, é muito importante lembrarmos como estão interligados esses momentos, como a libertação e a independência da Guiné-Bissau está associada à liberdade em Portugal”, destacou.
O governante português frisou ainda que “isso serve de um fio condutor extremamente importante para as celebrações conjuntas e separadas desses diferentes momentos”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Carlos Pinto Pereira, lembrou que o país está a celebrar oficialmente os 50 anos a 16 de novembro, no dia das Forças Armadas, mas a data oficial é 24 de setembro.
Este ano, em setembro, o momento foi assinalado pela Assembleia Nacional Popular simbolicamente nas colinas do Boé, onde decorreu a primeira constituinte, mas as comemorações oficiais foram adiadas para novembro.
O ministro guineense explicou que isso teve “apenas a ver com uma questão logística”, já que durante o período das chuvas seria complicado fazer uma cerimónia como a que se pretende, e, em setembro, decorre também a Assembleia Geral das Nações Unidas que não permitiria ter, na Guiné-Bissau, a presença “de mais de uma dezena de presidentes da República”, como está previsto.
O ponto alto das comemorações é na quinta-feira, mas ainda não é conhecido o programa oficial.ANG/Lusa