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Cinco latino-americanos suspeitos de  tráfico de 2,6 toneladas de drogas   começam a ser julgados em Dezembro

Cinco latino-americanos suspeitos de  tráfico de 2,6 toneladas de drogas   começam a ser julgados em Dezembro

(ANG) – O Tribunal Regional de Bissau começa a julgar em 2 de Dezembro cinco estrangeiros detidos em setembro com mais de duas toneladas de cocaína no aeroporto de Bissau.

Eles estavam em um avião que transportava a droga. Os suspeitos são todos latino-americanos; um deles é brasileiro.

O advogado brasileiro Marlos Alberto de Paula Balcaçar, ex-gerente de Receitas e Tributos de Coxim, no Mato Grosso do Sul, foi preso em flagrante no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira em 7 de setembro, a bordo de uma aeronave proveniente da Venezuela. Ele e outros quatros suspeitos – dois mexicanos, um colombiano e um equatoriano – foram detidos após a polícia encontrar no jato no qual viajavam 2,6 toneladas de cocaína.

Fotos da polícia local mostram o interior da aeronave repleto de imensos fardos de entorpecentes envoltos em plásticos sobre os assentos. O carregamento foi incinerado duas semanas após a apreensão.

Uma fonte ligada ao processo indicou que os suspeitos não fizeram nenhuma declaração e que, até agora, as autoridades não conseguiram identificar quem seria o dono do carregamento. Os cinco homens são acusados de tráfico internacional de drogas formação de quadrilha e pouso ilegal em um aeroporto. A Justiça não divulgou informações sobre as penas possíveis para esses crimes.  

De acordo com a imprensa sul-mato-grossense, Marlos Alberto de Paula Balcaçar estaria morando no México há vários anos. Mas antes de deixar o Brasil, ele chegou a ficar conhecido em seu estado por ter denunciado uma tentativa suborno que teria sofrido. Em 2009, quando ainda era gerente de Receitas e Tributos de Coxim, ele acusou um fazendeiro de ter lhe proposto dinheiro em troca de uma redução ilegal de impostos.

A prisão do brasileiro e dos outros quatro latino-americanos em Bissau ocorreu como parte da operação “Landing”, uma cooperação internacional envolvendo as autoridades portuguesas, colombianas, norte-americanas e o Centro de Análises e Operações Marítimas – Narcóticos (Maoc-N), uma iniciativa de seis países membros da União Europeia e do Reino Unido. A Interpol e o escritório das Nações para Drogas e Crime (ONUDC) também participaram da investigação.

Segundo especialistas, essa região do oeste da África, tem se tornado um ponto estratégico cada vez mais usado para o tráfico global de entorpecentes.ANG/RFI

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