Comissão Nacional de Direitos Humanos pede justiça em relação a morte de uma menina em Catió
(ANG) – A Comissão Nacional para os Direitos Humanos (CNDH) exige a responsabilização criminal dos presumíveis autores pelo espancamento até a morte, de uma menina, na localidade de Catche Balanta, setor de Catió,Região de Tombali, por alegadamente ter rejeitado se submeter ao casamento forçado.
O caso ocorrido recentemente e que que envolve 14 mulheres foi abordado no sítio da CNDH, consultada pela ANG.
De acordo com a mesma publicação, a Presidente da instituição, Fernanda Maria da Costa condenou “com veemência” o assassínio dessa menina de 18 anos de idade.
Fernanda Maria da Costa, afirma que a CNDH não se compactua com comportamentos do género, porque, atualmente, ninguém pode obrigar o outro a fazer o que não quer. “Podemos ter filhos, mas eles não são nossas propriedades”, referiu.
“Basta! Não é possível continuarmos a comportar-se como selvagens. Até quando vamos continuar com esse tipo de atitudes e a cultura de violência que vem crescendo na nossa sociedade”, questionou.
Suege que se deve começar a pensar e agir como seres humanos. “Estamos num mundo moderno, temos de aceitar a realidade”, sublinhou.
Segundo Fernanda Maria da Costa , situações de violências estão a aumentar cada vez mais, por isso apela às autoridades competentes, responsáveis pela investigação criminal, neste caso a Polícia Judiciária, a levarem esse caso a sério, traduzindo os supostos culpados à justiça e a sua consequente condenação, de acordo com a lei.
A Presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos lamentou o facto de as coisas estarem a piorar, porque dantes as mulheres é que denúnciavam os maus tratados que sofriam dos homens, mas que agora as tendências se inverteram, sendo que as mulheres se matam entre si.
Fernanda da Costa lembra que, recentemente, a CNCH recebeu denúncias, também vindas da zona de Catió, de um caso em que uma menina foi violentada, por ter recusado a se casar com um homem de idade avançada, e diz que o pior só não aconteceu porque a vítima conseguiu se escapar, e foi parar na esquadra de polícia local, antes de acolhida por pessoas de boa vontade, que a impediram de voltar para casa.
Nos últimos tempos, de acordo com Fernanda da Costa, casos de violência contra raparigas, sobretudo ligados ao casamento forçado, têm-se multiplicado no Sul da Guiné-Bissau, nas regiões de Tombali e Quínara,.ANG/LPG/ÂC//SG