
Comunicação Social/ LGDH exige fim da “diabolização” da imprensa guineense

(ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos(LGDH) exige, em comunicado, o fim do que chama de “diabolização” permanente da imprensa independente, por “prejudicar gravemente” a imagem e reputação da Guiné-Bissau.
A organização que defende os direitos humanos na Guiné-Bissau usou a sua página na facebook para fazer essa exigência condenou a violência policial contra duas jornalistas ocorrida quarta-feira, em Bissau, quando as duas profissionais de órgãos privados faziam a cobertura de uma vigília em frente ao Ministério da Educação de um grupo de professores que exige o pagamento de salários atrasados.
No comunicado, a LGDH qualifica de “nojenta” a agressão de duas jornalistas guineenses, em pleno exercício das suas funções por elementos da polícia.
Além de exigir que os responsáveis sejam traduzidos à justiça, a LGDH reclama das autoridades judiciárias a abertura de inquéritos com vista a responsabilização criminal e disciplinar dos autores.
A LGDH manifestou o seu profundo apoio e solidariedade às vítimas e ao SINJOTECS.
As duas jornalistas das rádios privadas vítimas de agressões estavam a acompanhar a vigília de um grupo de professores contratados em frente do Ministério da Educação Nacional, altura em que uma delas foi surpreendida e agredida com cassetete, e a outra escapou a uma tentativa de atropelamento com a viatura da polícia, noticiu uma rádio em Bissau.
A Liga destaca que os “atos repugnantes de agressão” da jornalista da Rádio Capital FM e da tentativa deliberada de atropelamento da outra da Rádio Popular, ocorridos hoje dia 31 de Julho de 2024, revelam o contexto nefasto em que labutam, diariamente, os profissionais da comunicação social na Guiné-Bissau.
Conforme a organização, este episódio é mais um caso que vem se juntar a tantos outros protagonizados pelos mais altos responsáveis políticos com o objetivo de intimidar, condicionar e limitar o livre exercício da liberdade de imprensa na Guiné-Bissau.
“Sendo um dos principais alicerces da democracia, os regimes autoritários e ditatoriais tendem a reduzir o espaço de intervenção ao jornalismo livre e independente, através do recurso aos métodos ilegais e arbitrários, tal como tem sucedido na Guiné-Bissau”, refere a liga no comunicado.ANG/LPG/ÂC//SG