Crime de guerra/Rússia acusada de executar soldados que se renderam
(ANG) – Um relatório da ONG Human Rights Watch publicado esta quinta-feira, 2 de Maio, revela que a Rússia executou “pelo menos 15 soldados ucranianos que tentavam render-se e exige uma investigação por potenciais crimes de guerra.
No documento a ONG Human Rights Watch acusa as autoridades russas de terem executado “pelo menos 15 soldados ucranianos que tentavam render-se, acrescentando ter recebido relatos de que as forças russas terão também executado outros seis soldados ucranianos que se estavam a render-se ou que já se tinham rendido.
De acordo com vídeos capturados por drones militares russos e publicados online em Fevereiro, um dirigente terá instado os soldados russos na região de Donetsk a não fazerem prisioneiros.
“Não façam prisioneiros, disparem contra todos”, avança aorganização não-governamental.
A directora de Crises e Conflitos da Human Rights Watch afirma, num comunicado, a que desde a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia, o exército cometeu “crimes de guerra hediondos”. Belkis Wille acrescenta que a “execução sumária – ou assassínio – de soldados ucranianos rendidos e feridos, mortos a tiros a sangue-frio” é expressamente proibida pelo direito humanitário internacional”.
A Human Rights Watch também reitera que “além das obrigações ao abrigo do direito humanitário internacional, a Rússia é um Estado signatário do Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, que proíbe estritamente as execuções extrajudiciais”.
A ONG insiste ainda que “ao abrigo do direito humanitário internacional, a Rússia tem a obrigação de investigar alegados crimes de guerra cometidos pelo exército, ou por outros indivíduos nos territórios que controla, e de processar os processos apropriados”. ANG/RFI