Dia dos Combatentes/PAIGC crítica retirada da data de 23 de janeiro na lista de feriados nacionais
(ANG) – O vice Presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) criticou a retirada da 23 de janeiro, Dia dos Combatentes da Liberdade da Pátria, na lista de feriados nacionais.
Para assinalar esta data, o PAIGC organizou várias atividades alusivas a este marco importante que marcou o início da Luta Armada para a independência da Guiné e Cabo Verde que inclui a deposição de coroa de flores junto da estátua de Amílcar Cabral, na retunda do Aeroporto internacional Osvaldo Vieira, em homenagem aos combatentes.
O ato foi presidido pelo Vice-presidente do PAIGC Califa Seide, na presença de uma delegação do Partido Comunista Português(PCP) e da Presidente da Juventude de Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), em representação do partido.
Em declarações à imprensa, após a deposição de flores, Califa Seidi disse que isso é a melhor forma de render homenagem aos combatentes e do líder da revolução, Amílcar Cabral, que no dia 23 de janeiro iniciaram a luta pela independência da Guiné e Cabo Verde.
“E após a independência foi o Estado guineense que declarou a data de 23 de janeiro como o Dia dos Combatentes da Liberdade da Pátria e igualmente 20 de Janeiro como Dia dos Heróis Nacionais”, salientou.
Califa Seide, frisou que, a deposição de coroa de flores junto da estátua de Amílcar Cabral é para simbolizar o sentimento que o PAIGC tem por tudo aquilo que os combatentes fizeram para que hoje possamos ter uma nação.
Adiantou que, isso foi graças aos combatentes que consentiram sacrifícios e coragem dando as suas vidas pela libertação da Guiné e Cabo Verde.
Instado a falar sobre a situação dos protagonistas da independência, que hoje queixam-se do abandono do Estado, Seide defendeu aplicação da lei aprovada na Assembleia Nacional Popular, que fixa pensão mínimo de 150 mil francos CFA para os combatentes.
“Há dez anos que o PAIGC tenta mostrar ao governo que é necessário aumentar a pensão mínima dos combatentes da liberdade da pátria, com vista a dignificar os que pelo menos ainda estão de vida”, afirmou.
Questionado sobre a observância dos valores que motivou a luta pela independência, nomeadamente a liberdade e democracia, o vice presidente do PAIGC disse que há uma tentativa de minimizar tudo ou de pôr em causa tudo aquilo foi conquistado pelo povo guineense, em termos de liberdade e da democracia e construir as bases para uma ditadura.
“Para nós isto é traição a pátria, porque o povo luta para independência, para liberdade e que está sendo posta em causa neste momento, afirmou
Acrescentou que, de facto neste momento não há liberdade de expressão, de manifestação, de imprensa ou seja tudo o que é liberdade para um povo está ser posta em causa e o PAIGC continua a lutar para repor estes valores e os que estão implementar a ditadura sabem que estão determinados para enfrentá-los.ANG/LPG/ÂC