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Dia Mundial Saúde Mental/”Fator socioeconómico do país motiva aumento de doenças mentais”, afirma Diretora do Centro Mental Osvaldo Vieira  

Dia Mundial Saúde Mental/”Fator socioeconómico do país motiva aumento de doenças mentais”, afirma Diretora do Centro Mental Osvaldo Vieira  

(ANG) – A Diretora do Centro Mental “Osvaldo Máximo Vieira”, afirmou hoje que, os fatores  sociais e económicos com que o país se depara no preciso momento estão por detrás de aumento dos casos de  doenças mentais no país.

Finhamba Quessangue em entrevista à Rádio Capital FM no âmbito das celebrações do Dia Mundial de Saúde Mental (10 de Outubro), sustentou ainda  que,  atualmente na Guiné-Bissau as dificuldades de várias ordens são enormes o que acaba por conduzir muitas pessoas à situação de desiquilíbrio ou perturbação mental.

“No momento as dificuldades em termos de alimentação é enorme, as escolas públicas não funcionam de forma adequada, o salário não corresponde com as despesas de um funcionário, o stresse  e a ansiedade aumentam a cada dia que passa. O que muitas das vezes acaba por levar uma certa pessoa ao consumo excessivo do álcool, droga ou outros vícios que obviamente possa lhe conduzir aos problemas mentais”, disse Quessangue.

Finhamba acrescentou igualmente que, a ganância é um dos fatores que as vezes leva com que os jovens acabam por deparar com problemas mentais. Porque, as vezes um individuo é obrigado a praticar um certo ato só para competir com outros e isso leva a pessoa à perturbação mental em muitos casos.

A Diretora do Centro Mental Osvaldo Máximo Vieira defendeu a necessidade de saúde mental ser priorizada pelo Governo uma vez que, segunda ela não se pode falar de boa saúde sem que haja saúde mental de qualidade.

“Neste Centro recebemos os casos de psicose (que é uma coisa mais  agravada), caso de alcoolismo, ansiedade, transtornos, depressão, stresse, entre outros. A consulta é acessivel ou seja é de 1500 francos CFA, porque prestamos o seviço público”,informou.

Por outro lado, aquela responsável disse que o povo tem todo Direito de ter cuidado mental de qualidade e que  por isso, precisam dos profissionais capazes de dar respostas aos casos de doenças mentais com que o país se depara.

Sublinhou que, o Governo é o responsável no que concerne a garantia dos medicamentos para o Centro de modo à estar em condições de responder as necessidades dos seus pacientes.

Quessanguê sugeriu que, o Centro de Saúde Mental seja estendida para diferentes regiões do país com finalidade de facilitar o acesso à atendimento aos necessitados uma vez que, de acordo com ela, saúde mental  é um Direito que assiste o povo em geral.

“Atualmente, no Centro contamos com apenas três médicos clínico geral que  fazem consultas e dois enfermeiros que os apoiam, dois psicólogos. Assim sendo,  existe a necessidade de investir na capacitação dos recursos humanos para dar resposta as demandas”,defendeu Finhamba.

Contou que, o referido Centro foi criado nos meados de 1985 sob o financiamento de cooperação holandesa e que depois de ter findado a  colaboração com Holanda, o Governo da Guiné-Bissau assumiu a gestão do mesmo. Mas, com a guerra de 07 de Junho de 1998 aquele estabelecimento ficou destruído por completo.

A mesma instituição de tratamento de saúde mental foi reconstruído graças ao apoio financeiro da União Europeia e foi inaugurado e  entregado ao Governo no dia 10 de Agosto de 2016.

“Apesar de ser reconstruído, com a capacidade de 36 camas, mas não podemos internar doentes, porque não temos cozinha para preparar comida dos doentes e também não foram separadas as celas para dividir os doentes agressivos e os não agressivos”, revelou.

Aproveitou a oportunidade para lançar um apelo ao Governo, bem como as pessoas de boa vontade no sentido de ajudarem na ampliação do centro uma vez que segundo ela, ainda têm espaço para fazer as coisas que estão a dar falta no momento.

Finhamba Quessangue explicou que, nos tempos passado, o Centro de Saúde Mental Osvaldo Máximo Vieira era considerado como referência a nível da sub-região e que as pessoas vinham de exterior para fazer o tratamento na Guiné-Bissau. Mas, que, infelizmente agora limitam simplesmente em fazer consultas, porque, não têm condições para internar e muito menos dar seguimento aos pacientes.ANG/AALS/ÂC

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