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Diplomacia/Líder do PAIGC diz esperar que a eleição de Faye inspire o povo Senegalês

Diplomacia/Líder do PAIGC diz esperar que a eleição de Faye inspire o povo Senegalês

(ANG) –  O Presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde ( PAIGC ) e líder da Coligação Pai Terra Ranka felicita o presidente eleito de Senegal, Bassirou Diomaye Faye pela sua vitória nas eleições presidenciais do dia 24 de Março.

Em carta dirigida a Ousmane Sonko, líder do PASTEF, à que a ANG teve acesso hoje, Domingos Simões Pereira disse que  a vitória de Bassirou Diomaye Faye  irá certamente inspirar ainda mais na realização dos grandes desafios que o povo irmão do Senegal enfrenta.

“Gostaria, nesta ocasião, em nome do PAIGC, de estender as minhas  felicitações ao Presidente eleito, bem como a todo o PASTEF, desejando-lhes um bom mandato” frisou Simões Pereira.

Enquanto se aguarda a publicação no Senegal dos resultados oficiais provisórios pela Comissão Eleitoral Nacional Autónoma (CENA), as estimativas de voto apontam para uma vitória esmagadora do líder da oposição, que obteria mais de 50% dos votos necessários para evitar uma segunda volta.

Também o  Presidente cessante do Senegal, Macky Sall, felicitou o candidato Bassirou Diomaye Faye pela vitória, horas depois de também o antigo primeiro-ministro e candidato do partido no poder, Amadou Bá ter admitido a sua derrota para Faye.

As declarações de Bá e do Presidente cessante abrem o caminho para a Presidência a Faye, um inspetor de impostos de 44 anos, até há pouco tempo desconhecido do grande público.

Sete milhões de senegaleses estavam inscritos para votar domingo para escolher o Presidente numa eleição que pode resultar numa mudança profunda nas relações externas do país, regionais e internacionais.

Entre os 16 homens e uma mulher inscritos no boletim de voto, os dois favoritos –Bassirou Diomaye Faye, pela oposição, e Amadou Ba, pela coligação no poder, Benno Bokk Yakaar (BBY, Unidos pela Esperança, em wolof) – foram escolhas pessoais de duas individualidades políticas excluídas do escrutínio: o Presidente Macky Sall, e o líder da oposição, Ousmane Sonko.

A sua retórica soberanista e pan-africanista, assim como as declarações contra a “máfia do Estado”, as multinacionais e o domínio económico e político, que considera ser exercido pela antiga potência colonial – a França -, granjearam-lhe um forte apoio entre os jovens, que constituem metade da população.

A votação estava inicialmente prevista para 25 de Fevereiro, mas um adiamento de última hora provocou distúrbios e várias semanas de confusão que puseram à prova as práticas democráticas do Senegal.

Com uma população de 18 milhões de habitantes, o Senegal é um dos países mais estáveis de uma África Ocidental abalada por golpes de Estado, que tem mantido fortes relações com o Ocidente.

O discurso da oposição na campanha para estas eleições presidenciais foi sentido como portador de algumas ameaças pelo estrangeiro, que está a seguir o processo com particular atenção.

A dupla Sonko/Faye prometeu, caso seja poder, renegociar os contratos de exploração mineira e de energia que farão do Senegal um produtor de petróleo e gás natural a partir do final do ano.ANG/JD/ÂC//SG

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